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Uma mulher acusada de matar uma empregada doméstica brasileira em Portugal foi presa em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A prisão foi anunciada na tarde desta terça-feira (17) e está relacionada a um crime que ocorreu em 2005. Desde então, a suspeita estava foragida da Justiça. Segundo a polícia, ela e a vítima morta estavam envolvidas com um esquema de tráfico internacional de drogas e armas.

O delegado chefe da Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba, Hamilton da Paz, que comandou as investigações, confirmou que o caso passou a ser de competência da polícia paranaense em março deste ano, já que o último local de residência registrado pela suspeita havia sido em Foz do Iguaçu. Depois de oito meses de apurações, Petrolina Carolina da Silva, de 48 anos, foi localizada na cidade do Oeste paranaense. Um mandado de prisão temporária da acusada foi cumprido na tarde da última sexta-feira (13).

O crime

Em maio de 2005, a empregada doméstica brasileira Luzia Gerônima Duarte, então com 55 anos, foi encontrada morta na própria casa na cidade portuguesa de Lisboa. As autoridades do país europeu apontou Petrolina, que também trabalhava como doméstica, como principal suspeita do crime.

A polícia desconfiou dela, já que, apesar de ser amiga da vítima, ela não foi mais localizada depois do homicídio. Além disso, na data do crime, cerca de 15 mil euros sumiram da casa de Luzia e, poucos dias depois, Petrolina depositou 10,5 mil euros em contas bancárias dela. Esta quantia foi sacada em caixas automáticos de cassinos na cidade de Estoril, também em Portugal.

Apesar dos fortes indícios de participação no crime e das buscas das autoridades brasileiras e portuguesas, Petrolina ficou foragida por mais de quatro anos.

Defesa

Depois de ser detida em Foz do Iguaçu, Petrolina disse não ser responsável pela morte de Luzia. Segundo ela, o crime foi realizado por integrantes de uma quadrilha que comandava um esquema de tráfico internacional de drogas e armas.

A acusada alegou que, em 2004, foi aliciada por este grupo na cidade paranaense para levar drogas para Portugal. A vítima também estaria participando da ação criminosa. Segundo a acusada, na Europa, ela costumava transportar os produtos irregulares de Lisboa para algumas cidades holandesas. Petrolina afirmou que, quando decidiu deixar a quadrilha, alguns integrantes do grupo mataram Luzia como uma forma de ameaça.

A suspeita está presa na cadeia pública Laudemir Neves. De acordo com Paz, como envolve tráfico internacional de drogas e armas, o caso deve passar a ser investigado pela Polícia Federal.

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