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Uma gangue de ladras, supostamente liderada por uma mulher grávida, é acusada por comerciantes do bairro Bacacheri, em Curitiba, de cometer vários furtos em lojas da região. Pelo menos 30 estabelecimentos na área da Avenida Erasto Gaertner teriam sido alvo da quadrilha nos últimos seis meses. A jovem grávida chegou a ser detida pelos próprios lojistas, no sábado passado, após ter furtado dois estabelecimentos. Ela foi levada pela Polícia Militar ao 3.º Distrito Policial (DP), no bairro Mercês, mas conseguiu escapar logo que chegou à delegacia. Nem a polícia nem os lojistas sabem dizer o nome da moça.

A gangue costuma cometer pequenos furtos, principalmente de roupas e calçados, e age sempre da mesma forma: uma jovem grávida, aparentando ter entre 18 e 20 anos, entra em lojas movimentadas acompanhada de uma "amiga" da mesma idade. Outras duas mulheres e um homem, dentro de um carro, esperam pela dupla na rua. Enquanto a "amiga" distrai o vendedor, a moça grávida enche uma sacola de objetos da loja e os leva sem pagar.

"A mulher é uma profissional. Encontramos com ela um alicate com ponta de aço, usado para cortar os dispositivos de alarme presos às roupas expostas nas lojas", disse um comerciante que não quis se identificar. O grupo aplica o mesmo golpe em lojas diferentes mais de uma vez por dia. Os objetos furtados são entregues às outras comparsas e ao homem, para serem revendidos em semáforos e nas esquinas do Bacacheri.

No sábado, as duas jovens agiram assim duas vezes. Na primeira, levaram oito pares de calçados de uma loja. Mas após tentar furtar objetos de outro estabelecimento, a jovem grávida foi detida por lojistas, por volta das 14 horas. "Ela chegou a simular um desmaio, quando a PM apareceu, e tentou se aproveitar do fato de estar grávida para não ser detida", afirmou o lojista.

A PM levou a moça ao 3.º DP, onde funciona, nos finais de semana, o Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão – um plantão feito pelas delegacias da Região Norte de Curitiba. As vítimas também foram a esta delegacia prestar queixa. "Após o caso ser registrado, a mulher pulou uma janela da delegacia e fugiu", afirmou uma comerciante que também não quis se identificar. Segundo ela, a polícia teria facilitado a fuga.

O titular do 3.º DP, Carlos Castanheiro, disse desconhecer o caso e informou que uma equipe do 2.º DP fazia o plantão do Ciac-Norte no sábado. O delegado do 2.º DP Pedro Rocha, responsável pelo plantão no sábado, não foi encontrado pela reportagem. Cerca de 50 comerciantes da Erasto Gaertner fizeram um abaixo-assinado pedindo mais segurança na região. "Na próxima vez que apanharmos um ladrão aqui, ele será linchado, caso a polícia não faça a prisão", ameaçou uma lojista.

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