Foz do Iguaçu – A multinacional Monsanto enviou nota a imprensa contestando os laudos realizados e a competência do Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no embargo de lavouras de soja em 13 fazendas da Região Oeste, próximas ao Parque Nacional do Iguaçu.

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As lavouras transgênicas foram encontradas nos municípios de São Miguel do Iguaçu, Matelândia, Céu Azul e Santa Tereza do Oeste, durante fiscalização de técnicos do Ibama e do Ministério da Agricultura, com apoio de policiais da Força Verde. A soja foi cultivada dentro da faixa de 10 quilômetros ao entorno da área de proteção ambiental, o que é proibido pela Lei de Biossegurança.

O superintendente do Ibama, Marino Gonçalves, também em nota, rebateu as acusações feitas pela multinacional. Gonçalves sustentou que está equivocada a afirmação da empresa de que somente a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) tem a competência para fiscalizar atividades e produtos da biotecnologia potencialmente causadores de degradação do meio ambiente, bem como fixar medidas de segurança.

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Na defesa da ação, o superintendente afirma que também é função do Ibama fiscalizar essas áreas, pois estão em local de preservação ambiental, e que "fará valer a lei e o respeito à legislação do Brasil".

Gonçalves informou ainda que irá verificar se cabe alguma responsabilidade jurídica, civil, penal, civil ou administrativa à Monsanto, detentora da tecnologia transgênica, pelo cultivo de sementes OGM no na área de proteção próxima ao parque. "É dever da empresa orientar aqueles que farão uso da semente e da tecnologia."

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