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A multinacional Syngenta Seeds já prepara ação na Justiça para tentar derrubar o decreto estadual, assinado pelo governador Roberto Requião, que desapropria a fazenda experimental da empresa, em Santa Tereza do Oeste (na Região Oeste do estado). O advogado René Dotti, cujo escritório de advocacia atende a Syngenta no Paraná, foi duro ao comentar a decisão do governo que decretou área de utilidade pública a fazenda pertencente à empresa.

"A decisão é ilegal. O governo está demonstrando abuso de autoridade, desrespeitando o direito de propriedade e fazendo desvio de poder", afirmou. No local, próximo ao Parque Nacional do Iguaçu, está instalado um centro de pesquisas e experimentos da empresa, com sementes transgênicas de soja e milho.

Foi Dotti quem cuidou da ação de reintegração de posse, concedida pela Justiça à multinacional depois que, em março deste ano, integrantes do movimento Via Campesina invadiram a área de 143 hectares. O procurador-geral do Paraná, Sérgio Botto de Lacerda, afirma que a decisão do governo em desapropriar a fazenda é puramente técnica. De acordo com ele, a Secretaria Estadual de Agricultura fazia levantamentos técnicos há tempos, em busca de uma área ideal para a implantação de uma escola experimental, que será um centro de estudos de agroecologia. Em comunicado oficial emitido ontem, a Syngenta informou que "está ciente dos acontecimentos a respeito de sua Unidade de Pesquisa em Santa Tereza do Oeste" e que "irá acompanhar atentamente o desenrolar dos fatos e no momento não irá se pronunciar a respeito da questão".

O prefeito de Santa Tereza, Francisco Menin (PDT), defendeu a manutenção da multinacional no município. "Vamos tentar demover o governador dessa idéia. Se ele pretende implantar um centro de experimentos de sementes, como anunciou oficialmente, vamos sugerir que ele escolha outros lugares e não insista em uma área que está dando certo." Segundo ele, a empresa tem uma história de 20 anos no município e contribui na geração de emprego e renda da cidade.

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