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O município que ficar com a nova planta de processamento do lixo terá uma compensação financeira. Segundo a assessoria da Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba, além do ISS – o Imposto sobre Serviços, que tem alíquota variando de 1% a 5%, conforme a cidade –, a prefeitura terá direito a 3% do faturamento da concessionária responsável pelo lixo. Também existe a expectativa da criação de 100 a 150 empregos diretos e a cidade terá prioridade na implantação do pólo da indústria de reciclagem.

Atualmente, os moradores que vivem na região do aterro sanitário têm desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O comerciante Jadir Silva de Lima disse que o porcentual varia conforme a distância entre o imóvel e o aterro. O desconto máximo é de 90%. "Eu e muitos moradores preferíamos pagar o IPTU integral e não ter o lixo por perto", afirmou.

Para o secretário de Meio Ambiente de Curitiba, José Antônio Andreguetto, a reação contrária é natural porque elas têm a idéia de que será instalado um lixão perto de suas casas. Segundo ele, não é isso que ocorrerá. "Foram três anos de estudos para o desenvolvimento de uma nova tecnologia", disse. Segundo ele, o que será construído é uma indústria, onde entrará matéria-prima e sairão outros produtos. Para Andreguetto, as audiências públicas que ocorrerão a partir de novembro serão a oportunidade para que a comunidade possa conhecer as diferenças entre um lixão, um aterro sanitário e uma planta industrial.

O biólogo Rodrigo Berté, doutor em Meio Ambiente e professor da Faculdade de Tecnologia de Curitiba (Fatec), também disse que as pessoas resistem porque não conhecem os novos modelos. De acordo com ele, o solo será impermeabilizado, as células para colocação do lixo serão abertas e fechadas no mesmo dia, o chorume será tratado em outro sistema e haverá um cinturão verde no entorno, o que vai amenizar o impacto visual. Berté explicou que o odor não é eliminado totalmente nem é possível evitar a atração de animais, mas que o problema é reduzido sensivelmente.

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