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Em Matelândia, a prefeitura distribuiu água à população com caminhões-pipa | Cristian Rizzi/ Gazeta do Povo
Em Matelândia, a prefeitura distribuiu água à população com caminhões-pipa| Foto: Cristian Rizzi/ Gazeta do Povo

Foz do Iguaçu - Com o fornecimento de energia elétrica prejudicado pela queda de postes e transmissores desde quarta-feira, quando um temporal atingiu a região, o abastecimento de água no Oeste do estado continuava parcialmente suspenso ontem. No total, 28 mil imóveis foram afetados e, até a tarde, metade ainda estava sem água. Técnicos estão trabalhando dia e noite para restabelecer o serviço. Caminhões-pipa ajudaram a levar água a Matelândia e Iguatu.

Sem água por dois dias, os moradores de Matelândia precisaram recorrer à ajuda da prefeitura e à solidariedade dos vizinhos. Dois caminhões do Corpo de Bombeiros e três do município foram reservados para atender as regiões mais prejudicadas da cidade. Postos de saúde, escolas, estabelecimentos comerciais, hotéis, restaurantes e hospitais já estavam sem água. Com a energia restabelecida no fim da tarde, o abastecimento deveria voltar ao normal até a madrugada.

Darlei Goulart da Silva, um dos moradores socorridos pela De­­fesa Civil, disse que teve de com­­prar às pressas uma caixa d’água extra para garantir água potável para a família e os vizinhos. "Estou com vários parentes em casa, num total de nove pessoas. Vieram para um casamento amanhã (hoje). Na quinta-feira, tivemos de improvisar. Fomos todos tomar banho em um motel em Medianeira (cidade vizinha)."

Por questões de segurança, as aulas em 5 das 9 escolas públicas e o atendimento em 2 das 4 creches municipais foram suspensos temporariamente pela Secretaria de Educação. Fun­cionários e proprietários de um posto de combustíveis cujo te­­lhado desabou sobre dois caminhões que estavam no pátio ainda não sabiam o que fazer para retirar os veículos e começar a reconstrução.

Dificuldade

A chuva que não deu trégua nos últimos três dias prejudicou o es­­forço das equipes. O difícil acesso a algumas comunidades ru­­rais atingidas também deve atrasar o trabalho de substituição de postes, transmissores e cabos da­­nificados. Nos distritos de Santa Helena, o restabelecimento com­­pleto do fornecimento de água e de luz deve ser concluído somente na próxima semana, estimam os operadores da Sanepar e da Copel.

Em Assis Chateaubriand, o problema é a sujeira no Rio Alí­­vio, principal manancial da cidade. Ontem, a central de tratamento de água trabalhava com a metade da capacidade normal. O transtorno só deve ser resolvido na próxima semana.

Nas regiões de Apucarana e Cornélio Procópio, no Norte do estado, 800 domicílios continuavam sem energia até o início da noite. Uma nova tempestade na manhã de ontem deixou sem luz as cidades de Alto Porã, Manoel Ribas, Sabáudia e uma parte de Cambira. Pelo menos 65 postes precisaram ser substituídos em toda a região, afetados principalmente por árvores que caíram sobre a rede.

De acordo com o levantamento da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, o temporal causou estragos em 35 cidades, 19 delas somente nas regiões Oeste e Sudoeste do estado. No total, quase 2 mil pessoas tiveram de abandonar as casas e buscar refúgio com familiares ou em abrigos públicos. O temporal afetou 28,3 mil pessoas, 53 ficaram feridas e um homem morreu.

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