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Para os moradores das vilas Jacira e Nossa Senhora Aparecida, na Cidade Industrial de Curitiba, as intervenções contra as cheias do Rio Barigui não surtiram efeito. A dona de casa Iraíde Anhai de Oliveira, 44 anos, que mora há mais de 15 anos na Vila Jacira, já perdeu a conta do número de vezes que teve a casa alagada. "Foram quatro vezes só neste ano", conta . "Já tivemos que sair de casa à 1, às 2 horas da madrugada."

Iraíde já perdeu móveis e eletrodomésticos destruídos pelas inundações. "Estamos sem geladeira, pois a nossa explodiu", conta. "Recebemos doações de pia, televisão, colchão e fogão."

Para proteger a maior parte da casa, onde Iraíde mora com o marido e três das quatro filhas, a solução encontrada foi iniciar a construção de uma mureta, que deverá funcionar como uma barreira contra a água.

Cunhado de Iraíde, o motorista Natalino Soares de Oliveira, de 42 anos, decidiu erguer o patamar onde edificou a parte frontal de sua casa. Para proteger a parte traseira, existe uma mureta. O problema é que a barreira foi transposta pela água na última enchente.

Iraíde espera que sejam tomadas medidas para resolver o problema. "Deveriam multar as pessoas que jogam lixo no rio", sugere.

Para o coordenador técnico da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), Nelson de Lima Ribeiro, a comunidade deve fazer sua parte, não depositando lixo e plantando árvores para recompor as matas ciliares. "Já a Cohab pode realocar as famílias que vivem em áreas de risco, e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente pode transformar os fundos de vale em parques", sugere.

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