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Umuarama – Enquanto o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar) trabalha com a proposta de desaceleração na produção de frangos no estado, os abatedouros da Agroindustrial Parati, de Umuarama e Rondon (Região Noroeste), investem na ampliação da estrutura para produzir mais. Somente na unidade de Umuarama, onde é produzido o frango Averama, o investimento é de R$ 8 milhões, segundo o diretor industrial, Genésio Ricardo Garbin.

A empresa vai aumentar a capacidade de abates de 24 mil para 80 mil aves ao dia. Para a instalação dos equipamentos, os abates foram suspensos temporariamente e 80% dos 160 funcionários estão em férias coletivas. Os demais ajudam na construção. O outro abatedouro da empresa funciona em Rondon e está ampliando os abates de 65 mil para 100 mil frangos ao dia. Para atender a demanda, os dois abatedouros estão cadastrando novos avicultores e incentivam quem já está no ramo a construir mais um barracão. Atualmente, são 215 produtores credenciados e 12 aviários em construção.

Garbin informa que a ampliação faz parte do projeto do grupo de entrar no mercado externo. Até o próximo ano, a intenção é enviar as primeiras remessas para China, Japão ou África. Na seqüência, a empresa quer chegar à União Européia. Garbin afirma ainda que há esperança de melhorias no mercado em pouco tempo e a empresa quer estar preparada para a retomada nas vendas. "A gente não pode ser imediatista, é preciso acreditar no futuro", disse.

Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, os investimentos devem ser feitos com cautela, já que o setor está sendo orientado a reduzir a produção de frangos para o mercado interno. No Paraná, foram abatidas 83 milhões de aves em junho passado, quando o ideal para o momento, segundo Martins, é reduzir o número para 78 milhões. O primeiro semestre de 2006 foi marcado pela crise causada pelo surto mundial de gripe aviária e o reaparecimento da febre aftosa.

O Paraná é o primeiro produtor brasileiro. No ano passado, foram abatidas 1 bilhão de cabeças, o equivalente a 22,8% da produção nacional. Nas exportações, o estado divide a liderança com Santa Catarina. Em 2005, os abatedouros paranaenses exportaram 791 mil toneladas, 27,8% do total exportado pelo país.

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