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Curitiba – O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e candidato a presidência nacional do PMDB Nélson Jobim fez campanha ontem em Curitiba. Jobim disse a partidários parananeses que não vai fazer composição com o adversário na disputa, Michel Temer, que atualmente preside a sigla.

Jobim fez críticas à forma como o PMDB tem sido conduzido nos últimos anos e disse que a individualidade prejudica o partido. "Hoje somos um partido de confederações regionais. Os 13,5 milhões de votos que o PMDB recebeu para seus deputados federais são um espelho dessa força regional. Mas nacionalmente, não temos nada. Nem posições sobre os temas nacionais, como as reforças tributária e política e a autonomia do Banco Central."

O ex-ministro do STF atacou ainda a forma como tem havido a divisão de postos pelo PMDB, como a indicação de cargos em governos. "Somos aliados e temos de ter cargos sim. Mas não para apetites pessoais". Segundo Jobim, a "equação" feita pela União na elaboração de projetos governamentais deve ser modificada. "O governo elabora os projetos e chama os partidos. No entanto, os partidos devem participar de tal elaboração".

A nomeação de membros do PMDB no ministério do presidente Lula, de acordo com Jobim, deverá ocorrer de forma transparente, mesmo que sejam indicados por Temer. "Os possíveis escolhidos continuarão no ministério, desde que executem políticas programáticas do partido. Se não agirem assim, teremos problemas".

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), reconheceu ontem que não há um ambiente favorável ao entendimento entre Jobim e Temer, em relação à sucessão na comando do partido. Quinta-feira, ambos fizeram as inscrições de suas chapas para concorrer à presidência do PMDB.

Cabral afirmou ter telefonado a Temer para pedir que ele ocupasse a Executiva Nacional do partido e cedesse a presidência a Jobim. "Hoje ainda não há ambiente para o entendimento, mas vamos trabalhar para ter."

O governador do Rio disse que ainda espera que os dois candidatos cheguem a um acordo, que seria uma chapa única encabeçada por Jobim, até o dia da convenção do partido, em 11 de março.

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