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A crise política não tirou do PT o posto de partido preferido da população. Aproximadamente um em cada quatro brasileiros declara-se simpatizante da legenda. No entanto, a maioria dos brasileiros, 53%, segue sem preferência partidária. A pesquisa da Fundação Perseu Abramo, realizada em meados do mês de março, demonstra que, após o escândalo do mensalão, a rejeição ao PT cresceu 3 pontos porcentuais e atingiu 17%. Se é a preferida, a sigla é também a mais rejeitada.

O PMDB aparece em segundo lugar na preferência partidária, com 9%. Logo atrás vêm PSDB, com 7% , PFL, com 4% e PDT, com 1%. A rejeição aos pefelistas, nesse grupo, é a maior de todas: 12%. O balanço entre preferência e rejeição, portanto, é negativo na legenda. O PMDB empata nesse quesito: 9% sustentam que não gostam do partido. No caso do PSDB, a diferença contra os tucanos é de 2 pontos porcentuais: 9% dizem não gostar do partido, ante os 7% que nutrem simpatia pela legenda. Já 5% dos entrevistados pelo instituto disseram que não votariam nos tucanos "de jeito nenhum".

O levantamento demonstra, também, a associação entre a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT e o escândalo. Para 58%, "Lula deveria dar todo apoio" ao partido para que a legenda supere a crise. Outros 32% dos entrevistados opinaram que o presidente deveria se afastar do PT para não se envolver mais com a crise.

Já em relação à forma como o PT deve apoiar o governo Lula, as opiniões são bastante divididas. Para 35%, o partido deve defendê-lo, mas sem poupar críticas quando identifica erros. O apoio deve ser irrestrito segundo 31% dos entrevistados, "já que o PT é o partido do presidente". E 25% cobram maior independência. Dizem que o PT "deveria ser bastante independente do governo e criticar mais, enquanto Lula não fizer as mudanças no país que o partido sempre defendeu".

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