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A inclusão de alunos com deficiência em escolas de educação regular divide opiniões. A prática tem base constitucional e existe como diretriz do Ministério da Educação desde 1996, mas, para alguns especialistas, garantir rampas de acesso e instalações adaptadas antes de capacitar os profissionais que os receberão é um erro.

A falta de preparação prévia dos professores e funcionários que convivem junto de alunos com deficiência é a principal crítica do vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência de Curitiba, Mauro Nardini. "O modo como está sendo feita essa inclusão, para mim, é uma agressão, tanto para quem recebe essas crianças quanto para as próprias crianças", diz. A inclusão, para Nardini, deveria ser gradativa, caso contrário tende a gerar situações de exclusão ainda maiores.

A professora Laura Ceretta Moreira, coordenadora do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), também identifica a baixa capacitação como problema. "A falta de formação inicial e continuada para os professores é uma das razões pelas quais se critica o atual processo de inclusão", afirma. Para ela, faltam políticas públicas efetivas que tratem da necessidade de maior apoio pedagógico, aumento do número de docentes e auxiliares, além da redução no tamanho das turmas que recebem crianças com deficiência.

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