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Casos superam dados de 2003

Faltam 46 casos para Maringá igualar o número de casos de dengue registrados em 2002, quando houve 637 confirmações. A situação é parecida nos seis municípios com maior incidência da doença neste ano. Somente Foz do Iguaçu ainda não ultrapassou a estatística de 2003, ano que o Paraná registrou mais casos de dengue com 9.438 confirmações. Conforme os números da Secretaria Estadual de Saúde, até a tarde de ontem, Ubiratã somava 623 casos neste ano contra quatro casos em 2003; Maringá tem 591 contra 474 há quatro anos; Santa Helena 332 casos contra 12 em 2003; Foz soma 315 contra 715 em 2003; Marechal Cândido Rondon chegou a 232 casos contra 110 em 2003; e Paiçandu tem 201 e teve 130 em 2003. O Paraná já registrou duas mortes por dengue em 2007. (AI)

Maringá – O coordenador nacional do combate à dengue do Ministério da Saúde (MS), Giovanini Coelho, disse ontem que é um erro classificar a situação atual da doença no Paraná como epidemia. "O estado contribui muito pouco para a estatística nacional", justificou ele, que participou de uma reunião com representantes de 18 Regionais de Saúde do Paraná na tarde de ontem, em Maringá.

Coelho explica que o número de casos comprovados da doença no Paraná aumentou cerca de 30% em relação ao ano passado e que epidemia caracteriza o que acontece em Mato Grosso do Sul, onde houve um aumento de 5.000%.

Na página do MS na internet, a última estatística sobre notificações com a data de 26 de março mostra que já são 134.909 notificações em todo o país em 2007. Mato Grosso do Sul lidera com 55.567 casos (41,18%), seguido de São Paulo, com 12.221 (9,05%) e Rio de Janeiro, com 8.765 (6,49%). O Paraná está em sexto no ranking, com 7.806 casos (5,78%).

Para descartar de vez a tese da epidemia, o coordenador cita os dados de Maringá, que é a segunda cidade paranaense com mais casos neste ano, com 591 confirmações e 2.656 notificações, contra 96 confirmações e 351 notificações no ano passado. Pela taxa de incidência da dengue, a cada 100 mil maringaenses, 830 pessoas estão expostas ao risco de ter a doença, o que não seria um quadro de epidemia. Esse índice é conseguido ao dividir o número de notificações do município pelo número de habitantes e multiplicar por 100 mil.

Coelho destaca, porém, que isso não quer dizer que os municípios devem se acomodar e tampouco jogar a responsabilidade para a população porque o Paraná tem condições climáticas que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypt. O coordenador disse que o Ministério da Saúde tem como referência para prevenção o Plano de Pactuação de Integração da Vigilância Sanitária e espera que os municípios cumpram a média de seis visitas anuais por imóvel feitas pelos agentes ambientais.

Essa referência causou uma polêmica em Maringá, pois a cidade não atingiu a meta, registrando 39% dentro do plano. Coelho conversou sobre isso com o secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi, que justifica ser inviável a quantidade de visitas por questões estruturais, mas que Maringá faz o trabalho adequado. Ontem à noite, Nardi prestou esclarecimento aos vereadores sobre as ações de combate à dengue no município.

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