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O ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro (PRD), afirmou que não havia um líder nos atos do 8 de janeiro. A fala recebeu críticas de Lindbergh Farias, deputado federal do PT.
O ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro (PRD), afirmou que não havia um líder nos atos do 8 de janeiro. A fala recebeu críticas de Lindbergh Farias, deputado federal do PT.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro (PRD), afirmou que durante os atos do 8 de janeiro “não havia um líder com quem negociar”. “Eram senhoras, crianças, rapazes, moças... Como se fosse um grande piquenique, um arrastão em direção à Praça dos Três Poderes”, completou. A declaração, dada durante uma entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (5), contradiz os inquéritos abertos no Supremo Tribunal, que buscam encontrar os supostos líderes do movimento.

Em seguida, Múcio diz que “foi um movimento de vândalos, financiados por empresários irresponsáveis”. Múcio ainda considera que “as Forças Armadas não queriam um golpe”. “Você pode dizer: ‘No governo anterior havia pessoas que desejavam o golpe’, mas não havia um líder que dissesse assim: ‘Nós queremos, eu sou o chefe, vamos’. Não existe revolução sem um chefe”, acrescentou.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou a fala de Múcio no X, o antigo Twitter (leia abaixo o texto na íntegra). Para o parlamentar, o ministro deu uma “anistia prévia” ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Como assim Ministro? Uma das linhas mais importantes da investigação conduzida pelo STF é sobre a autoria intelectual dessa tentativa de golpe”, declara Farias. Logo depois, o deputado diz que “essa fala é quase a defesa de uma anistia prévia da cúpula golpistas, de militares envolvidos na trama e do próprio Jair Bolsonaro”.

Essa não é a primeira vez que o ministro da Defesa dá declarações nesta linha. Em uma entrevista ao portal UOL em agosto, Múcio evitou chamar os invasores de "golpistas". “Aquele dia era muito fácil se as Forças Armadas quisessem um golpe, o povo foi. Era só apoiar aqueles baderneiros que não representavam a sociedade”, disse ao UOL.

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