• Carregando...

Um navio de apoio offshore foi flagrado na manhã desta segunda-feira despejando óleo na Baía de Guanabara, entre os municípios de São Gonçalo e Niterói. O biólogo Mario Moscatelli, que registrou a cena durante um sobrevoo de helicóptero, calcula em cerca de dois quilômetros a mancha de poluição deixada pela embarcação.

Fotos enviadas pelo biólogo à Secretaria Estadual do Meio Ambiente mostram que o navio se chama Baru Mucura. Um texto publicado em fevereiro no site do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval e Offshore (Sinaval) afirma que o Baru Mucura é a segunda de uma série de 12 unidades afretadas por oito ano pela Petrobras para atender as plataformas das bacias de Campos e Santos. A embarcação seria utilizada para o transporte de passageiros, equipamentos e itens de consumo.

Para Moscatelli, o óleo pode ter sido derramado durante a lavagem do porão do navio.

“Isso é muito comum na Baía de Guanabara, tanto com embarcações grandes quanto pequenas. Toda santa vez que sobrevoo a baía vejo navios e traineiras jogando óleo”, diz Moscatelli, explicando as consequências do despejo, considerado crime ambiental. “O óleo quando vai para a costa cola nas áreas de mangue. Dependendo da susbstância, pode matar a fauna, afetando a pouca biodiversidade da Baía de Guanabara”.

O biólogo também fotografou óleo em volta de barcos de pesca em Jurujuba, Niterói. Em nota, a Secretaria do Ambiente diz que o secretário André Corrêa determinou que seja aplicada a maior multa possível no caso envolvendo o Baru Mucura. O órgão afirma ainda que acionou a sua procuradoria para que a empresa responsável pela embarcação seja denunciada por crime ambiental. A secretaria não informou o valor da multa.

A Petrobras foi procurada, mas não respondeu os questionamentos feitos sobre o flagrante.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]