PT se prepara para não perder espaço no governo
Brasília Os petistas se preparam para tentar manter os cargos conquistados no primeiro mandato e resistir à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ampliar o espaço dos aliados nos ministérios e nas estatais federais. Caso o partido perca espaço, os mais afetados serão os militantes do Campo Majoritário, que detém a maioria dos cargos destinados ao partido.
Mas o Campo Majoritário, grupo que perdeu força com o escândalo do mensalão, promete resistir, bem como as outras facções petistas. Cada diretório estadual enviou um relatório de reivindicações à direção nacional do partido. O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), está recebendo listas de indicações de todos os estados. São sugeridos nomes para todos os cargos e vários diretórios regionais indicam petistas inclusive para as funções que hoje já estão ocupadas por aliados.
Brasília O PMDB, maior partido no Congresso, também reivindica mais espaço na escolha dos cargos de segundo escalão do governo federal e na direção de estatais. Para apoiar o governo, o grupo liderado pelo presidente do partido, Michel Temer (SP), quer o quinhão semelhante ao que detém a ala do PMDB que já apóia Lula desde o primeiro mandato.
Lista
Para se ter uma idéia do que querem os neogovernistas do PMDB, basta verificar a lista dos cargos ocupados pelo grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lulista de carteirinha: as presidências da Eletrobrás e da Eletronorte, três vice-presidências da Caixa Econômica Federal, a presidência e seis diretorias dos Correios, a direção do Fundo Nacional da Saúde, uma vice-presidência e duas diretorias do Banco do Brasil, a presidência e diretorias da Transpetro, duas diretorias do Banco da Amazônia, duas diretorias do Banco do Nordeste, uma diretoria de Furnas e uma diretoria da Petrobrás.
"A bancada da Câmara quer tratamento igual à do Senado. Vamos encaminhar vários pleitos em nome da bancada. Vamos apoiar a indicação que o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, fará para a presidência de Furnas, a que os mineiros farão para uma diretoria da Petrobrás e a que Goiás fará para uma diretoria da Caixa Econômica Federal. Hoje, a participação do PMDB no governo é inexpressiva", diz o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Furnas
Furnas é disputada pelas duas alas do PMDB e por quem mais considerar que tem cacife para isso. A estatal é aquela que, no auge do escândalo do mensalão, foi citada por Roberto Jefferson como o lugar onde o seu partido, o PTB, conseguia milhões de reais para campanhas eleitorais fato que a companhia nega.
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