Às vésperas da votação do salário mínimo regional, as atenções do plenário da Assembléia Legislativa (AL) do Paraná se voltaram na tarde desta terça-feira (2) para o deputado Nereu Mora (PMDB), alvo de denúncias de desvio de dinheiro, formação de quadrilha e contratação de parentes.
Nereu Moura subiu à tribuna para falar sobre as denúncias feitas pelo Ministério Público Federal. Inicialmente, ele tinha prometido uma entrevista coletiva mas preferiu discursar ao invés de apresentar documentos que provassem sua inocência.
O deputado discursou por 15 minutos. Para ele, as denúncias não passam de armação política. Sobre a contratação de parentes, Moura afirmou que sua mulher, Dirlei de Moura, possui curso superior e é funcionária de carreira da Assembléia. "A minha esposa, conforme certidão em minhas mãos, foi admitida na Assembléia em 1986. Sete anos antes de eu ocupar uma cadeira neste parlamento. Portanto, não precisa de favores meus e nunca precisou de favores para ascender profissionalmente", afirmou o deputado.
Entretanto, a reportagem do ParanáTV mostrou na última sexta-feira (28) que sua mulher foi nomeada para um cargo de comissão. A nomeação foi divulgada no Diário Oficial que, a pedido da liderança do PMDB, autorizava Dirlei a ocupar o cargo com o salário de R$ 2.851 reais. O sobrinho, Francisco de Moura Júnior, também foi nomeado para ocupar um cargo na Casa.
Veja trecho do discurso de Nereu Moura na reportagem em vídeo do ParanáTV
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