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Rua Abilon de Souza Naves, que fica ao lado do Iguaçu. Rio estava em 5,40 na imagem | Bruna Kobus /Gazeta do Povo
Rua Abilon de Souza Naves, que fica ao lado do Iguaçu. Rio estava em 5,40 na imagem| Foto: Bruna Kobus /Gazeta do Povo

Já se tornou rotina falar de enchente em União da Vitória, no sul do estado. Depois do susto de junho de 2014 – quando o Rio Iguaçu atingiu 8,13 metros e deixou dezenas de desabrigados, qualquer instabilidade no clima ou chuva mais forte, causa preocupação. Mas a Defesa Civil da cidade informa que não há motivos para alarme, ao menos por enquanto. Apesar das chuvas fortes e o Iguaçu ter subido rápido nesta semana - 5,63 na régua às 17 horas de quinta-feira (15) - o problema começa quando o nível passa dos 5,70 metros. Desse número em diante as primeiras casas às margens do Iguaçu começam a ser atingidas.

A Defesa recebeu quatro chamados, mas nenhuma das famílias precisou se mudar. “Em uma casa que fomos a água falta mais de um metro para entrar no imóvel”, comenta Marco Antônio Coradin, coordenador da Defesa Civil local.

O cenário ainda é de monitoramento e cautela. “A finalidade da Defesa é alertar, não alarmar”, dispara Coradin. A Defesa Civil está monitorando o nível do Iguaçu a partir do Sistema de Medição Hidrológica da Copel. Por lá, afirma o coordenador, não há indicação de que o nível de alerta seja atingido. “Estava previsto chuva para ontem, só que não se confirmou. E acima de União, em outras bacias, não tem volume de água expressivo.”

Previsão

As previsões do Sistema de Metrologia do Estado do Paraná (Simepar) mostram uma instabilidade maior para a cidade nesta sexta-feira (16). Os mapas indicam chuva forte com possibilidade descarga elétrica, ventos e, talvez, granizo. “Esse pacote com eventos mais severos só temos uma previsibilidade com duas horas de antecedência, o que fazemos é emitir um alerta, mas alguma instabilidade maior para uma ocorrência está entre o norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, afirma a meteorologista do Simepar, Ana Beatriz Porto.

No sábado (16) o tempo começa a mudar e as chuvas serão isoladas. Para a próxima semana ainda não há uma previsão. “Mas tem frente fria chegando, então podemos imaginar chuvas mais constantes”, afirma.

Por outro lado, caso os mapas meteorológicos mudem e a água volte a cair, e com força, na região de União da Vitória, a régua do Iguaçu pode, sim, chegar aos 6 metros. “Nós trabalhamos com a previsão, não podemos afirmar nada ou mudar muitas coisas, mas estamos com a nossa equipe de logística em alerta e atenta para qualquer chamado ou ocorrência”, garante Coradin.

Na estação de União da Vitória até esta segunda-feira (12) o volume de água fechou em 103 milímetros. A média do Simepar, para o mês de outubro, é de 219 milímetros. “A gente está na metade da média climatológica”, explica Ana.

A situação é a mesma no restante da região sul do Estado. Já as áreas do setor norte e noroeste – Apucarana, Campo Mourão e Londrina – já atingiram o valor esperado da média.

Emergência

A Defesa Civil de União da Vitória só auxilia em mudanças programadas durante o dia, pelo (42) 35224748. À noite

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