O nível do sistema Cantareira segue caindo e opera hoje com 10,4% de sua capacidade total. Desde o começo da semana, o manancial opera com capacidade abaixo de 11%, marca atingida pela primeira vez na história segundo a Sabesp.
O índice é considerado crítico e a falta de previsão de chuva para a capital paulista pode agravar o problema.
O manancial Cantareira é responsável pelo abastecimento de parte da capital e de municípios da Grande São Paulo. No total mais de 8 milhões de pessoas recebem água do sistema diariamente. O reservatório também atende municípios da região de Campinas, no interior do Estado.
A Sabesp faz manobras durante a madrugada em determinadas regiões de São Paulo. Durante o período, a empresa diminui a pressão no encanamento e reduz o fornecimento de água em determinadas áreas. A água só volta durante a manhã, geralmente esbranquiçada por conta do aumento do uso de cloro.
Em abril, 81% dos consumidores abastecidos pelo sistema Cantareira reduziram o consumo, segundo a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos.Menos água
O comunicado mensal publicado pela ANA (Agência Nacional de Águas) em conjunto com o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) voltou a reduzir o volume máximo de água que a Sabesp pode retirar do sistema Cantareira. O limite, que era de 24,8 metros cúbicos por segundo, caiu para 22,4 metros cúbicos por segundo.
Uma nova avaliação do limite de retirada será feita em 15 dias.Sobretaxa
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou na quarta-feira que a Arsesp, agência estadual de saneamento básico, aprovou o pedido de sua gestão para sobretaxar quem aumentar seu consumo de água na Grande SP.
De acordo com Alckmin, pré-candidato às eleições para o governo do Estado em outubro, o assunto agora será analisado pela Procuradoria do Estado, que deverá emitir parecer nos próximos dias.
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