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O Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas (Texas), onde foi feito o primeiro diagnóstico de ebola nos EUA, admitiu que houve erros na gestão do paciente morto há uma semana, o que acabou resultando no contágio de duas enfermeiras americanas pela doença: Nina Pham e Amber Vinson, de 26 e 29 anos, respectivamente.

O reconhecimento foi feito nesta quinta (16) pelo vice-presidente do hospital, Daniel Varga. Segundo ele, a instituição "cometeu erros" no diagnóstico de Thomas Eric Duncan e ao passar informações imprecisas ao público. Ele acrescentou que "lamentava profundamente" o caso.

Em audiência no Congresso norte-americano sobre os casos de ebola nos EUA, Varga disse também que não havia qualquer treinamento de ebola para profissionais antes da internação do primeiro paciente.Varga já havia feito o reconhecimento em um comunicado divulgado no dia anterior. "Infelizmente, no primeiro contato com Thomas Eric Duncan, apesar de nossas melhores intenções e da equipe médica altamente qualificada, cometemos erros", admitiu, pedindo desculpas por "não ter diagnosticado corretamente os sintomas do ebola".

O liberiano foi atendido pela primeira vez no hospital em 25 de setembro, apresentando febre e dores abdominais, mas os médicos permitiram que ele voltasse para casa sem levar em consideração seu país de origem.

Duncan voltou ao local três dias depois, quando foi isolado e posteriormente diagnosticado com a doença.

Varga também admitiu erros no "esforço de comunicar o que ocorria de forma rápida e transparente à opinião pública", o que "inquietou a comunidade, que já estava preocupada e confusa".

Ele explicou que, por causa dos erros, o hospital implementou "uma série de mudanças baseadas nas lições aprendidas".

Segunda enfermeira infectada

Por causa da confirmação do diagnóstico de Amber, a segunda enfermeira infectada pelo ebola, as autoridades colocaram em alerta todos os passageiros de um voo entre Cleveland e Dallas tomado pela enfermeira na segunda-feira (13), quando já estava com febre.

Segundo relatos de fontes governamentais à rede de televisão "NBC", Amber consultou o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão responsável por gerir a crise, se poderia embarcar no voo. A resposta teria sido positiva.

Após a confirmação do diagnóstico, a segunda enfermeira contaminada com o vírus foi transferida para o Hospital Emory de Atlanta, que já curou da doença americanos repatriados do leste da África.

Dallas tem um paciente morto, três casos confirmados e 118 pessoas com potencial de contrair o vírus, mais da metade delas formada por profissionais de saúde.

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