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Aproximadamente 5.500 trabalhadores assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) continuam mobilizados em cidades do interior do Paraná, nesta quarta-feira (25), dia do trabalhador rural.

Os integrantes do MST realizam vigílias em frente a 16 agências do Banco do Brasil no estado, para protestar contra o abandono da reforma agrária e pedir a renegociação das dividas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A mobilização em frente aos bancos vai continuar até sexta-feira (27).

A assessoria do Banco do Brasil em Curitiba informou que o protesto acontece em 15 e não 16 agências, como informa a assessoria do MST. Em quatro delas (Peabirú, Querência do Norte, Quedas do Iguaçu e Bituruna), o atendimento foi parcial, já que os serviços foram interrompidos por algumas vezes durante o dia.

Segundo o movimento, as agências do Banco do Brasil que continuam com vigília dos integrantes do MST são nos municípios de Manoel Ribas, Pitanga, Tibagi, Rio Bonito do Iguaçu, Quedas do Iguaçu, Telêmaco Borba, e Palmital, na região Central; Querência do Norte, no Noroeste; Santa Cecília do Pavão, Tamarana, Londrina e Apucarana, no Norte; Peabiru no Centro-Oeste, Bituruna, no Sudeste, Lapa na região metropolitana de Curitiba. Na manhã desta quarta-feira a agência de Paranacity, no Noroeste do estado, também foi incluída na manifestação do MST.

Manifestação em Curitiba

Nesta quarta-feira, cerca de 50 integrantes do MST participam de audiências na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Curitiba. Eles ocupam o auditório do prédio e vão ficar durante todo o dia no local.

Em Apucarana

Em Apucarana, no Norte do estado, aproximadamente 200 integrantes do MST continuam ocupando a sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A ocupação começou na tarde de terça-feira (24). De acordo com José Damaceno, da coordenação estadual do MST, durante a tarde desta quarta-feira os Sem-Terra vão desocupar a Conab.

"Tivemos uma reunião durante a manhã com o gerente da Conab em Apucarana e ficou acertado que o recurso para a compra de cestas básicas será liberado, agora só falta definir quando isso vai acontecer. Fizemos um acordo e saímos da Conab, mas vamos ficar na frente da companhia", afirmou Damaceno.

Segundo Damaceno, há três meses estavam atrasadas a liberação das cestas básicas para os assentados. "Exigimos a liberação de 3.500 cestas-básicas em caráter emergencial. Na reunião com a Conab ficou definido que isso vai acontecer", explicou o coordenador do MST.

Damaceno afirmou que uma audiência será realizada no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em Brasília, para definir quando as cestas básicas serão entregues. "Se não tiver acordo em Brasília, voltamos a ocupar a Conab em Apucarana", definiu Damaceno.

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