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Quem mais sofre com o baixo efetivo é o interior do estado. Segundo informações de uma fonte ligada à Secretaria de Estado da Segurança Pública, Curitiba tem 73 delegados. Logo, tirando a capital paranaense sobram três delegados para cada quatro cidades. O equilíbrio fica ainda mais prejudicado ao se levar em consideração cidades grandes como Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina, entre outras, que têm mais de um delegado.

A situação faz com que os policiais virem verdadeiros maratonistas. O delegado Reginaldo Caetano da Silva, formado na última turma de delegados, de março deste ano, foi designado inicialmente para cuidar de Engenheiro Beltrão, Região Noroeste do Paraná. Em junho ele ganhou mais duas cidades para cuidar: Fênix e Quinta do Sol. Neste mês o delegado Juarez Dias, da comarca vizinha, saiu de férias. Atualmente o delegado iniciante tem de cuidar também de Barbosa Ferraz, Roncador e Iretama. Um trajeto otimizado para passar nas seis cidades e voltar para a delegacia original dá 234 quilômetros. Quando o delegado não está, funcionários do município atendem o público.

A distância, às vezes, impõe custos extras para a população. Quem mora em Jataizinho, na Região Norte, e deve prestar depoimento na delegacia tem de se deslocar por cerca de 30 quilômetros e pagar pedágio de R$ 11,50 – se for de automóvel – para chegar até a delegacia de Uraí, onde o delegado da região trabalha.

Ao contrário das delegacias do delegado Reginaldo, Jataizinho é gerida por policiais militares quando o delegado não está. O mesmo acontece em Quitan­dinha, que divide o mesmo delegado com Agudos do Sul e Fazenda Rio Grande, na região metropolitana.

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