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Embora o programa Mais Médicos tenha como principal objetivo o envio de profissionais para áreas de alta vulnerabilidade em regiões distantes dos grandes centros, quase um quarto do total de médicos selecionados nas quatro etapas do programa atuam ou vão atuar em capitais ou regiões metropolitanas brasileiras. Balanço divulgado ontem, em São Paulo, pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, mostrou que dos 13,2 mil médicos do programa, 1.030 trabalham em capitais e 1 880, em regiões metropolitanas, num total de 2.910 profissionais, o equivalente a 22% do total.

Segundo Barbosa, o número se deve aos bolsões de pobreza dos grandes centros. "Nas grandes cidades brasileiras, as médias são ocultadoras de grandes desigualdades sociais importantes. Mesmo num município como São Paulo, se você sair da média e for verificar o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] ou a proporção de pobres em cada distrito, você tem centenas de ‘municípios’ muito pobres que não são percebidos quando se olha a média do município. Nas capitais e regiões metropolitanas, o efeito do Mais Médicos é muito complementar porque vai exatamente nesses bolsões de pobreza que não têm muita visibilidade", disse.

Paraná

Desde que o programa teve início, o Paraná recebeu 772 profissionais. Na última segunda-feira, a quarta leva de médicos, 295, foi apresentada para trabalhar no estado, completando a meta inicial. A previsão é de que uma quinta fase abra espaço para outros 15 municípios se cadastrarem para receber médicos.

Dos 91 profissionais que já estão alocados nas quatro principais cidades do interior (Londrina, Maringá, Foz e Ponta Grossa), 70% está atuando. O restante ainda está em fase de adaptação.

Origens

Profissionais de sete nacionalidades atuam no interior do Paraná

Cubanos, espanhóis e até indianos. Essas são algumas das nacionalidades dos profissionais que chegaram ao interior do Paraná através do Programa Mais Médicos do governo federal. A cidade com maior diversidade é Foz do Iguaçu. Entre os 25 médicos há cubanos, peruanos, argentinos, paraguaios, espanhóis, indianos e brasileiros com formação em Cuba e outros com formação no Brasil.

Segundo a coordenadora do gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, Adriana Valadão, todos os profissionais já estão em atuação e atendem um núcleo estimado de 88 mil pessoas. Com a chegada dos médicos, o quadro de profissionais necessários para atender a população está completo. "Devemos solicitar outros três médicos para suprir a saída de profissionais do nosso quadro que estão se aposentando", revela.

Quem também conseguiu fechar o quadro de médicos foi Maringá. Ao todo, 20 profissionais foram recebidos – 11 deles, brasileiros, estão dispostos entre as 28 Unidades Básicas de Saúde e Programa de Saúde da Família (PSF). Outros nove, recém-chegados e que ainda não tiveram o país de origem identificado, passam pelo processo de adaptação.

Para Londrina, o programa disponibilizou 21 profissionais, sendo 14 cubanos e sete brasileiros. Destes, apenas um ainda não iniciou suas atividades.

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