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No Paraná, o BNDES foi um dos motores para dois fenômenos econômicos recentes: a expansão do sistema cooperativo agrícola, hoje o mais forte do país, e a formação de arranjos produtivos locais (APLs), em especial a instalação do complexo metal-mecânico na região metropolitana de Curitiba. Outro movimento, ainda em curso, é a consolidação do setor sucroalcooleiro.

"A industrialização do estado começou no fim da década de 70 e a maior fonte de crédito de longo prazo nesse processo foi o BNDES", conta Carlos Olson, superintendente da agência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), um dos maiores repassadores de recursos do BNDES no país. Olson trabalha de perto com os técnicos do banco federal. No ano passado, a agência curitibana do BRDE financiou R$ 630 milhões – sendo que mais de 90% dos recursos vêm do BNDES. A indústria recebeu R$ 210 milhões, enquanto o setor de serviços obteve R$ 203 milhões e o agrícola, R$ 186 milhões.

"As linhas em que o Paraná tem mais demanda são para o setor agroindustrial. São recursos para a armazenagem de grãos, compra de máquinas, processamento da produção e para a exportação", diz Olson. Segundo ele, também há linhas que ajudam a estruturar pequenas e médias empresas e que foram importantes no estabelecimento de APLs, como o que existe em Arapongas e produz móveis. "Nesse caso, trabalhar com o banco também é um fator educativo, porque o BNDES exige uma organização empresarial mais sofisticada."

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