Mesmo sob pena de multa em caso de prejuízos à população, os servidores municipais de Curitiba mantêm a greve iniciada na quarta-feira (15) e prometem um ato público para a tarde desta sexta-feira (17), na Praça Santos Andrade, no Centro. O Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) e o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) não têm uma estimativa de adesão à paralisação, mas garantem que estão cumprindo a determinação da Justiça, expedida na quinta-feira (16), de manutenção dos serviços essenciais.
Segundo a prefeitura, três escolas ficaram sem atendimento na manhã desta sexta-feira em razão da greve: Colônia Augusta, Lauro Esmanhoto e Paulo Freire. Além disso, 12 unidades de saúde estão funcionando com atendimento parcial (veja quadro ao lado). O Sismuc, por meio da assessoria de imprensa, informou que não há descumprimento da determinação judicial, uma vez que há servidores em todos os locais de prestação de serviços essenciais.
Na quinta-feira, o juiz Marcelo de Resende Castanho, do plantão judiciário da Justiça Estadual, determinou que o Sismuc "disponibilize servidores em número adequado para o funcionamento integral dos serviços básicos, ligados a saúde, educação, abastecimento e manutenção integral da segurança pública, em específico à Guarda Municipal", sob pena de multa de R$ 50 mil. Ao contrário do que a prefeitura divulgou naquele dia, a greve não foi considerada ilegal pelo juiz.
O controle de presença dos servidores e do funcionamento dos equipamentos da prefeitura é feito ao longo do dia pela secretaria municipal de recursos humanos. Ao final do expediente, segundo a assessoria de imprensa da pasta, um relatório com todas as informações será repassado para a Justiça, que avaliará a aplicação ou não da multa de R$ 50 mil.
A concentração dos manifestantes para o protesto desta sexta começa às 15 horas. Às 16 horas, o Sismuc realizará uma assembleia com os servidores para avaliar a continuidade da greve.
Os trabalhadores reivindicam um aumento de 39,52%, que, segundo eles, compensaria perdas salariais dos últimos dez anos. A administração municipal, no entanto, oferece 6,5% reajuste aprovado pela Câmara Municipal. Para esta sexta-feira não está prevista reunião entre representantes do sindicado e da prefeitura.
Paralisação
Os professores e servidores iniciaram uma greve, por tempo indeterminado, na quarta-feira (15). No primeiro dia, 12 escolas municipais e uma creche ficaram sem atendimento, e cinco postos de saúde trabalharam com efetivo reduzido, segundo a prefeitura. Na quinta-feira (16), o número de escolas fechadas caiu para três, e a quantidade de unidades de saúde com efetivo reduzido subiu para 12. Apesar da determinação judicial recebida pelo Sismuc na tarde do segundo dia de paralisação, os servidores decidiram manter a greve.



