O estado da Flórida é o precursor dos casos de zika nos Estados Unidos, já que está próximo da América Latina, origem da atual epidemia - 263 pessoas já foram contaminadas no estado e, entre elas estão 43 mulheres grávidas. O diretor dos Centros de Controle de Doença e Prevenção do país, Tom Frieden, alertou no dia 6 de julho que, “a tendência é que milhares de mulheres grávidas em Porto Rico vão ser infectadas pelo zika”. Apesar de, por enquanto todos os casos nos Estados Unidos aparentemente tenham vindo de viajantes, a transmissão local pode começar logo. O vírus também pode ser transmitido pelo contato sexual.

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Cinco meses se passaram desde que o presidente Barack Obama solicitou US$ 1,9 bilhão em fundos de emergência para ajudar os Estados Unidos a combater o vírus da zika. Depois de procrastinar por meses, o Senado, controlado pelos republicanos, aprovou US$ 1,1 bilhão, mas com restrições que incluem o gasto do dinheiro em programas de controle de natalidade e com um corte de US$ 750 milhões de outros programas como o Obamacare - programa de saúde pública criado pelo presidente - e do plano de combate ao vírus do Ebola.

A Casa Branca temeu um veto e os Democratas pararam a proposta no Senado, já que há haviam intermediado uma lei de combate ao zika sem restrições. O líder da maioria do partido, Mitch McConnell, que prometeu acabar com as restrições ao pacote, falou aos Democratas no dia 28 de junho, afirmando que teria que aceitar a nova versão do programa. “Há desvantagens por não ser maioria. Você não consegue tudo exatamente do jeito que você quer”, disse.

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McConnell precisa de mais 60 votos para passar o projeto com restrições ao Senado. Mais uma semana se passou sem nenhuma ação para combater o zika: ajudando os estados no combate ao mosquito, pesquisando novas vacinas ou formas de melhorar os diagnósticos ou alertando mulheres grávidas sobre os riscos. Agora há pouco tempo para o Congresso atue antes do recesso de verão, que para os trabalhos parlamentares até setembro. Os Estados Unidos não quer uma geração de bebês com danos cerebrais, mas o Congresso precisa agir rápido para que isso não aconteça.