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Ponta Grossa

Notificada, Sesp ainda não tem data para reintegração de posse de fazenda

Secretaria foi acionada para garantir desocupação pacífica, de área tomada pelo MST desde o dia 6 de fevereiro

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) recebeu, na tarde desta quinta-feira (18), a notificação oficial sobre o mandado de reintegração de posse da fazenda São Francisco II, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, que deve ser devolvida ao ex-tenente-coronel da PM, Waldir Copetti Neves. Desde o dia 6 de fevereiro, a área está ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Apesar do comunicado, não há previsão para que a ordem judicial seja cumprida.

A atuação da Sesp no cumprimento da decisão foi solicitada porque há necessidade de ampliação da segurança para garantir que a reintegração vai ser cumprida de forma pacífica. A Secretaria deve determinar o reforço policial ao Comando da PM de Ponta Grossa, efetivar a ordem judicial. Com mais de 200 militantes dos sem-terra acampados na propriedade, o clima é tenso na fazenda e há expectativa de conflito. No sábado (13), militantes do movimento e caseiros de Copetti Neves chegaram a entrar em confronto.

De acordo com a Sesp, outras reintegrações de posse aguardam para ser cumpridas no estado e a ordem que diz respeito à fazenda São Francisco II só será efetivada depois da solução desses casos anteriores. O protocolo de desocupação é o seguinte: a Coordenação de Mediação de Conflitos Agrários – um departamento da Sesp – vai até a área e negocia uma retirada pacífica dos ocupantes. "A ordem é a negociação exaustiva até que haja um acordo para a saída pacífica das pessoas, sem violência e confronto com a polícia", diz a Secretaria. Após esse contato, o oficial de justiça vai até o local para cumprir a determinação, acompanhado das entidades previamente solicitas – como a polícia, por exemplo.

Posse

A posse da fazenda São Francisco II é disputada por Copetti Neves e pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), que anteriormente detinha a posse da terra e que a teria cedido a uso do Iapar. O direito sobre a área só será definido após a conclusão do georreferenciamento, que está sendo concluído pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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