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São Paulo – Uma Câmara dos Deputados com mais parlamentares formados e com predominância ainda maior de empresários e profissionais liberais é o quadro que emerge da comparação dos eleitos entre 2002 e 2006. Por contraste, caiu o número de eleitos identificados com profissões assalariadas na comparação das duas legislaturas.

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), uma parcela de 265 deputados eleitos declararam ser profissionais liberais enquanto outros 121 registraram a ocupação de empresários no pleito deste ano. Em 2002, haviam sido eleitos cerca de 200 profissionais liberais e outra centena de empresários.

Advogados (87), médicos (54) e engenheiros (47) formam os principais grupos profissionais dos deputados eleitos neste ano. Em 2002, somente os advogados eleitos para a Câmara foram 106.

O Diap identificou no futuro Congresso um total de 87 parlamentares que foram chamados de "assalariados urbanos" (professores, servidores públicos, policiais, entre outros) e mais 19 identificados como "operários" (metalúrgicos e agricultores, entre outros). Na soma dos dois grupos, pode-se contabilizar 106 novos deputados que recebiam algum salário para exercer suas profissões antes de serem eleitos.

Em 2002, um levantamento do Diap apontava que 40% dos deputados eleitos naquele ano (pouco m1ais de 200) eram "assalariados", praticamente do mesmo tamanho que a representação dos profissionais liberais.

Na análise do Diap, a redução da bancada de trabalhadores e o aumento das bancadas de empresários e profissionais liberais abrem espaço "para novas tentativas de propostas em bases neoliberais, como a flexibilização da legislação trabalhista, entre outras".

Mais "estudados"

A comparação das duas legislaturas também mostra um aumento dos deputados formados. Em 2002, um levantamento preparado feito a partir de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontou que dos 513 deputados eleitos na época, uma parcela de 385 declararam ter diploma superior. Outros 433 haviam declarado ter iniciado uma faculdade, mas não concluído.

Neste ano, os formados representaram 413 dos eleitos. Outros 100 declararam ter curso superior incompleto, enquanto 51 eleitos disseram ter ensino médio e 12, o ensino fundamental.

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