Mesmo depois de ter oficialmente voltado ao normal desde as 11h20 de ontem, o sistema de emissão de passaportes da Polícia Federal (PF) ainda não funciona plenamente no país. O agendamento eletrônico foi reativado no fim da tarde, mas o atendimento nos postos continuava caótico. Na Superintendência Regional em São Paulo, informações desencontradas levaram muita gente a sair de lá sem o documento.
O chefe do setor de passaporte da PF em Curitiba, Edson Carlos da Silva, informou que muitos atendimentos foram feitos ao longo do dia. "Houve todo um esforço possível para atender o maior número de pessoas enquanto o sistema foi restabelecido", diz. A expectativa é que hoje a situação seja normalizada.
Só em Curitiba, aproximadamente 1,3 mil atendimentos foram prejudicados em função da queda do sistema até quarta-feira. Silva explicou que boa parte dos atendimentos foi realizada ontem, mas o serviço no setor de passaporte só deve voltar ao ritmo normal de atendimentos diários no fim da próxima semana, caso o sistema não apresente novos problemas.
Dos seis guichês que voltaram a operar ontem, dois ficaram disponíveis somente para o atendimento de urgência. O habitual da PF é emitir até 250 passaportes por dia e entregar outros 250. O documento de urgência tem validade de um ano e fica pronto em 24 horas. O custo do passaporte de urgência é de R$ 202,87. O passaporte normal vale por cinco anos, custa R$ 156,07 e o prazo para ficar pronto é de seis dias úteis.
"Quedas pontuais"
Segundo a PF em São Paulo, o sistema voltou ao ar aos poucos, com "algumas quedas pontuais" durante o dia, mas o atendimento foi mais ágil que no decorrer da semana. As pessoas prejudicadas com a pane iniciada na última segunda-feira devem ter prioridade no atendimento.
A sede da PF em São Paulo, na Lapa, ficou com a sala de espera dos passaportes lotada, com mais de 90 pessoas. Quem já tinha agendado o atendimento conseguia, com algumas horas de espera, dar entrada na papelada para receber o documento a data mais próxima de recebimento era 8 de outubro.
Alguns que foram lá para retirar um documento supostamente pronto ou pedir um passaporte de emergência não tinham a mesma sorte. Outros reclamavam ainda do atendimento hostil.
Desde março, o Ministério Público Federal investiga a morosidade na emissão de passaportes pela Polícia Federal em São Paulo.
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