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Cerca de 400 pessoas, entre professores e alunos da rede estadual de educação, realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (4), em Maringá. O protesto era contra a matriz curricular que será implantada no ano que vem.

De acordo com a presidente da unidade maringaense do Sindicato da Associação dos Professores do Paraná (APP Sindicato), Vilma Garcia da Silva, a manifestação começou com uma passeata da Praça Raposo Tavares até a Avenida Carneiro Leão, na região central da cidade.

Depois, representantes do APP Sindicato entregaram um documento ao Núcleo Regional de Educação (NRE) com o repúdio à nova grade. "Não aceitamos esse novo modelo, especialmente pela forma imposta que o governo estadual colocou."

Vilma afirma que a Secretaria de Estado e Educação (Seed) tinha prometido um amplo debate sobre a nova matriz, que não aconteceu. "Eles abriram a discussão por apenas quatro dias no site da secretaria. Não consideramos esse tempo o suficiente para que todos os profissionais e alunos pudessem, verdadeiramente, discutir e opinar sobre o caso."

De acordo com a presidente, manifestações semelhantes foram realizadas pelos sindicatos locais de Curitiba, Londrina e Guarapuava nos últimos dias.

Nova matriz curricular para escolas estaduais

A principal mudança na grade curricular da rede estadual de ensino é o aumento da quantidade de horas semanais de português e de matemática e a diminuição da carga horária de sociologia, filosofia, história, geografia e artes.

Em entrevista à Gazeta do Povo em 19 de novembro, o governo informou que o Paraná tem 2,2 mil escolas e 2,1 mil matrizes curriculares, o que dificulta o trabalho da secretaria.

Com uma matriz unificada, a intenção é priorizar as disciplinas que são a base para outras e nortear melhor o trabalho pedagógico. Além disso, português e matemática são as matérias-chave em avaliações de grande porte, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).

Para aumentar o número de horas dessas disciplinas, outras foram sacrificadas: em alguns anos do ensino fundamental, há redução no número de aulas de artes e ensino religioso.

Por outro lado, para poder acomodar uma grade mais robusta, o ensino médio teve sua carga horária semanal aumentada de 25 para 27 horas semanais. Com isso, de acordo com a Seed, não haverá prejuízo nas disciplinas de sociologia e filosofia.

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