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Fundação da ponte inaugurada em 2006 está sobre área de instabilidade geológica | Antônio More/ Gazeta do Povo
Fundação da ponte inaugurada em 2006 está sobre área de instabilidade geológica| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Histórico

Parte da ponte sobre a Represa do Capivari desabou na noite do dia 25 de janeiro de 2005. O caminhoneiro Zonardi José Nascimento passava pelo local no momento e morreu na queda. A estrutura levou um ano e três meses para ser reconstruída. À época da reinauguração da ponte, em abril de 2006, o então superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) no Paraná declarou que a queda da estrutura foi causada por problemas da natureza e que os motoristas poderiam ficar tranquilos porque a construção – que custou R$ 29,5 milhões – agora era segura e não causaria novas surpresas.

Parecia, inicialmente, um problema simples, fácil de resolver. Bastava interditar a ponte sobre a Represa do Capivari, na altura da cidade de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e fazer algumas obras de reparo. Isso foi em outubro de 2012. Uma inspeção mais cuidadosa relevou, contudo, que o problema é grave e que a estrutura não mais poderia ser usada. Desde então, os motoristas que seguem pela BR-116, indo da capital paranaense para São Paulo, precisam dividir espaço com os veículos do fluxo contrário.

INFOGRÁFICO: Veja a localização da ponte do Capivari no mapa

"Um pilar está andando", conta Eneo Palazzi, diretor superintendente da Autopista Régis Bittencourt, concessionária responsável pela rodovia. O deslocamento já teria 40 centímetros. Ele argumenta que foi malfeita a reconstrução da ponte, inaugurada em 2006. A fundação estaria sobre uma área de instabilidade geológica.

Para solucionar o problema, foram realizados estudos que apontaram quatro alternativas e, entre elas, construir uma nova ponte seria mais barato e seguro. Uma parte deve ser sustentada por uma armação estaiada. A empresa informou que fará fundações adicionais nos pilares para permitir o apoio para a construção de uma estrutura de concreto junto ao tabuleiro da ponte existente, que tem 120 metros de extensão e fica a 55 quilômetros de Curitiba. Demolições ainda não estão definidas.

Sem previsão

A obra não está prevista no contrato de concessão da Régis Bittencourt à iniciativa privada. De acordo com o superintendente da concessionária, a nova estrutura deve custar R$ 40 milhões e teria baixo impacto – "alguns centavos", disse Palazzi – na tarifa cobrada. A execução do projeto exige alteração contratual.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que regula as concessões federais de rodovias, confirma que a nova ponte sobre a Represa do Capivari foi aprovada e que a obra deve começar ainda em 2014. O prazo para a construção é de um ano. A ANTT não informou se pretende responsabilizar as empresas que reconstruíram a estrutura nem como será o cálculo para incluir na tarifa o valor da obra na ponte. Hoje, quem percorre os 400 quilômetros da BR-116 entre Curitiba e São Paulo passa por seis praças de pedágio, ao custo de R$ 1,80 em cada, para automóveis.

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