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Uma força-tarefa está combatendo um novo foco de incêndio no Parque Nacional do Iguaçu, em Céu Azul, a 60 quilômetros de Cascavel. Até ontem à tarde, as chamas haviam consumido 40 hectares de mata nativa. A maior preocupação do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) é com os animais em extinção, como a onça parda e a lontra.

A força-tarefa é composta por 46 homens do Corpo de Bombeiros de Cascavel, da Polícia Ambiental, do Ibama e do PrevFogo, formado por moradores da região. De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros de Cascavel, Amarildo Ribeiro, são vários focos espalhados pela mata. Ainda não se sabe como o fogo teve origem.

"A nossa dificuldade para controlar o fogo é chegar até os focos de incêndio que ficam em locais de difícil acesso", disse Amarildo. Outro problema apontado pelo Corpo de Bombeiros é o vento, que tem contribuído para espalhar o fogo no Parque Nacional do Iguaçu, um dos maiores remanescentes da mata atlântica do país, com 185 mil hectares.

Os bombeiros utilizam motoserras e abafadores para conter o avanço das chamas. A falta de equipamentos adequados, como a bomba costal, tem dificultado o trabalho da força-tarefa. O Ibama reconheceu o problema e disse que os equipamentos estão sendo providenciados para hoje. O trabalho conta com a ajuda de dois helicópteros. Os bombeiros torcem pelo confirmação da chegada de chuvas, previstas para hoje ou amanhã na região.

Outras áreas

O incêndio no Parque Nacional do Iguaçu não é o único que preocupa o Corpo de Bombeiros no Paraná. Somente ontem eram atendidos pela corporação pelo menos 12 incêndios em Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Guarapuava e Prudentópolis. Dois deles já consumiam áreas de mata nativa desde a semana passada.

O maior deles foi registrado em Sapopema (Norte do Estado), onde foram queimados aproximadamente 50 alqueires de uma propriedade particular. O incêndio começou no domingo e teria sido provocado pelo dono da propriedade vizinha, que colocou fogo em seu terreno para limpá-lo. O fogo foi contido somente no fim da tarde de ontem pelos bombeiros, com a ajuda de voluntários. O incêndio atingiu as raízes de araucárias centenárias, que devem cair em poucos dias.

Em Carambeí, a 15 quilômetros de Ponta Grossa, um incêndio queimou cerca de 50 hectares de uma área de vegetação nativa. Segundo o proprietário da área, Lolke Dykstra, o fogo começou num terreno vizinho e atravessou o Rio São João. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas não chegou a se deslocar até o local, porque o fogo foi controlado por Dykstra com ajuda de vizinhos. Para combater os focos, foram usados 12 mil litros de água.

Em Inácio Martins, somente no início da noite de ontem o Corpo de Bombeiros conseguiu acabar com o fogo que, desde quarta-feira, consumia uma área de mata nativa, próxima a um assentamento. Já o incêndio que toma conta de uma área da Serra da Boa Esperança, em Prudentópolis, ainda não foi controlado. Até domingo, o fogo já tinha atingido cerca de 50 hectares.

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