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Uma área verde com 12 hectares no bairro Umbará, em Curitiba, deve se tornar um parque municipal no ano que vem. Na próxima terça-feira entra em votação na Câmara Municipal um projeto de lei que autoriza a prefeitura a abrir um crédito adicional, no valor de R$ 1,1 milhão, para a desapropriação do terreno e implantação do Parque Lago Azul. O líder do prefeito na Câmara, vereador Mário Celso Cunha (PSB), acredita que a proposta será aprovada. "A criação do parque é um desejo de todos e vai beneficiar a cidade."

Com a desapropriação, Angelina Segala Zonta, de 70 anos, vai ter de deixar a propriedade onde viveu a vida toda. O pai dela, Ângelo Segala, morto em 2002, construiu um lago na propriedade no início da década de 40 e o local tornou-se área de lazer para os curitibanos. "Meu pai trabalhou muito para conservar o lugar e o lago era azul mesmo. O reflexo da água era tão bonito, mas agora está assim, uma podridão." Dona Angelina se refere à poluição que tomou conta do Rio Ponta Grossa, que alimenta o lago. "Lutamos tanto para manter o lago limpo. Agora, quando chove vem um cheiro muito ruim e uma espuma toma conta da água parecendo flocos de neve. É muito triste."

Para ver o lago novamente na cor azul, dona Angelina não vê outra alternativa senão a criação do parque. "Alguém tem de fazer alguma coisa. Sei que não tem outro jeito. Já estou com a idade avançada e doente. Quando não havia poluição, a gente cobrava entrada das pessoas. Mas, há sete ou oito anos, não dá para fazer nada", diz.

O secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andregueto, diz que o novo parque, próximo à igreja do Umbará, vai preservar a natureza e dar mais uma opção de lazer aos moradores da região Sul da cidade. "Vamos devolver a Curitiba o lago azul e preservar toda a história da família que o construiu."

Andreguetto explica que parte dos recursos para a construção do parque, na ordem de R$ 2,33 milhões, já está prevista no orçamento do ano que vem. "Também já solicitamos à Sanepar um sistema de coleta e tratamento de esgoto para despoluir o Rio Ponta Grossa e assim que tivermos a autorização da Câmara para o crédito adicional, daremos início ao processo de licitação. A obra deve estar concluída até o segundo semestre do ano que vem."

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