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A menos de 500 dias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, o Governo do estado do Rio de Janeiro apresentou um plano para tentar despoluir a Baía da Guanabara. No início da tarde desta quarta-feira (25), após se reunir com membros do Comitê Organizador e atletas, o secretario estadual do Meio Ambiente, André Correa, anunciou um convênio firmado com o Instituto Grael para gerir o programa de contenção e retirada de lixo despejado na Baía com validade de 18 meses e orçado em R$ 20 milhões.

“Não adiantava persistir em algo que havia perdido a eficiência”, diz André Correa, secretário estadual do Ambiente. “O projeto prevê a limpeza para a olimpíada, mas depois da competição terá continuação”.

O novo programa, segundo o secretário, terá três fases. A primeira tem data limite até agosto deste ano para ser concluída. O prazo se deve ao evento teste de vela que ocorrerá na Baía daqui a cinco meses. Para garantir que a competição ocorra sem problemas, serão instaladas cinco ecobarreiras nos rios Cunha, Meriti, Bomba, Emboaçu (duas), diagnosticados como os mais poluidores. Os locais já chegaram a receber ecobarreiras, mas de acordo com o Instituto Grael, o novo plano é diferente.

O responsável pela elaboração do plano, o ambientalista Axel Grael explica as diferenças. “No antigo projeto, as ecobarreiras eram rompidas facilmente por pescadores que navegavam por rios. Outro problema era a retirada do lixo, que muitas vezes era desperdiçado quando chovia e maré enchia. A nova estrutura vai ser montada como um lego e vamos posicionar o cordão de isolamento de lixo de forma que os pescadores continuem com o espaço para passar”.

Cada módulo de ecobarreira está orçado em R$ 1 milhão. Além da implantação do cordão que retém a sujeira, a ideia é construir ao lado de cada ponto de retirada de lixo, uma base para que o material recolhido seja encaminhado para aterros.

“A ideia é usar os catadores que trabalhavam nas antigas ecobarreiras neste novo sistema. Vamos implantar um sistema de esteiras para que o catador não precise ficar na água coletando o material”. Após o evento teste, haverá licitação para que sejam construídas mais dez ecobarreiras em ponto que já estão definidos. Paralelamente a implantação de novas contenções de lixo, 10 barcos encarregados de retirar lixo da água, os ecoboats, continuarão a coleta de lixo na Baía. De acordo com o Instituto Grael, um software holandês, capaz de combinar dados náuticos auxiliará as embarcações a identificar as regiões onde há mais sujeira.

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