Quando o bancário Gino Rafael Oaida, 47 anos, e a esposa dele, a analista de sistemas Eliete Oaida, 38 anos, decidiram adotar uma criança maior, estavam cheios de medo. Eliete temia em relação à educação escolar. "Tinha medo que a criança não conseguisse acompanhar", diz. Para Gino Rafael, o maior problema poderia ser o relacionamento. "Tinha medo que a criança não aceitasse nosso estilo de vida, ficasse revoltada. Depois percebi que isso pode acontecer com o filho biológico também", conta.
A adaptação de Débora Oaida, 9 anos, na família, foi considerada tranquila pelo casal. Mas isso não significa que foi um mar de rosas. Eliete ainda sente o coração apertar quando lembra que ao chamar a atenção de Débora pela primeira vez, a filha adotiva saiu de casa e foi andando pela rua. "Eu sabia, como educadora, que não podia correr atrás, mas morri de medo que ela não voltasse mais. Graças a Deus, a Daphne, minha filha biológica, foi atrás", conta.
Problemas, como em qualquer família, existem. Pouco a pouco, porém, eles estão sendo superados pelos Oaida. A escola, Débora anda tirando de letra, embora um pouco atrasada em relação aos colegas de mesma idade devido aos anos de estudo que perdeu. Mas a mãe fala orgulhosa sobre a inteligência e dedicação da filha. O relacionamento também é trabalhado aos poucos. "A Daphne, nossa filha biológica, chegou a ficar com ciúme, mas a Débora soube lidar bem com isso, não ficou retraída", lembra Gino Rafael. (TC)
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