O número de famílias maringaenses chefiadas exclusivamente por mulheres cresceu 128% em dez anos, segundo dados do Censo 2010, divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, 19.697 mulheres se declaravam responsáveis únicas pelas próprias famílias no Município. Já em 2010, o número saltou para 44.950, o que representa 38,48% do total de famílias maringaenses.
De acordo com o técnico de informações estatísticas e geográficas do IBGE de Maringá, Marcos Melo, o aumento expressivo de mulheres que se declaram chefes de família é devido a uma mudança cultural no Município. "Percebemos que existia resistência da parte das mulheres em assumir essa chefia em pesquisas anteriores. Neste último censo, verificamos que esse comportamento mudou", explica.
A chefia feminina é bastante comum em bairros da periferia, como o Santa Felicidade e o Conjunto Requião, de acordo com o técnico do IBGE. "Mesmo com uma renda limitada, encontramos muitas famílias que não têm a presença masculina, que poderia ajudar no orçamento", diz Melo. Entre os motivos apontados estão o falecimento do chefe masculino ou as novas estruturas familiares.
Mulheres com renda entre um e dois salários mínimos são as mais comuns entre as chefes de família maringaense: 31,42% do total. O número das que se declaram sem rendimento também é alto: 15,38%.
Mulheres entre 40 anos e 49 anos e acima dos 70 anos são predominantes entre as chefes de família no Município.
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