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O número de presos que será transferido da Cadeia Pública de Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná, após rebelião no domingo (7), ficou menor do que o inicialmente previsto. Ao todo, a Vara de Execuções Penais de Guarapuava autorizou a transferência de 58 detentos, todos eles condenados.

Inicialmente, conforme divulgado pela Gazeta do Povo, seriam 74 presos que sairiam da cadeia para o Complexo Penitenciário de Piraquara (CPP), na Região Metropolitana de Curitiba. A redução ocorre, segundo a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) do Paraná, porque é o Poder Judiciário quem decide sobre a transferência dos presos - quantos e quais podem ser tirados do local.

Dos 58 detentos para os quais a Justiça concedeu transferência, 20 já estavam em Piraquara nesta terça-feira (9). Entre os outros 38, nove mulheres serão enviadas para a Penitenciária Feminina de Piraquara (PFP) e outros 29 homens serão distribuídos pelas unidades penais do CPP.

A chegada desses detentos a Piraquara deve ocorrer até a quarta-feira (10). Ainda de acordo com a Seju, outras transferências podem ser feitas nos próximos dias, conforme o cronograma de remoção de presos das unidades.

Rebelião

Catorze presos renderam três agentes de cadeia durante 9 horas no domingo. Os agentes foram rendidos enquanto distribuíam o almoço para os detentos, que pediam transferência para a Região Metropolitana de Curitiba. A rebelião terminou sem feridos.

Os presos de Guarapuava que participaram da rebelião reclamaram das condições da cadeia pública, em especial da falta de higiene e da alimentação. A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná informou que não há reformas previstas para o local até que os presos sejam removidos e realocados no sistema penitenciário.

A ideia da Sesp é realizar adaptação do espaço hoje ocupado pelos presos para novas funções somente quando eles forem retirados das carceragens. Sobre a questão de alimentação, a secretaria diz que a comida dos presos é adquirida através de um processo de licitação, que atende a alguns critérios previstos em edital.

Este foi o primeiro motim registrado no Paraná após a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no Oeste do Paraná, que terminou com saldo de cinco mortos e um cenário de bastante destruição no presídio. Por causa da rebelião, o Departamento de Execução Penal (Depen) do Paraná afastou a antiga diretoria da penitenciária e uma investigação interna apura as causas da revolta dos presos.

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