Com um boneco feito de madeira de mangue, tecido branco e um crânio de boi, Bedenaque Luís Pedro iniciou o primeiro grupo de boi-bumbá de Antonina, há exatos 90 anos. A criação marcou o início do carnaval de Antonina que hoje reúne milhares de pessoas.
O nome original do grupo era Boi Barroso, mas dois anos depois de seu início, em 1922, foi rebatizado de Boi do Norte. Em 2007 o grupo se dividiu em dois: uma parte manteve o nome Boi do Norte, enquanto a outra recuperou o antigo nome de Boi Barroso e ficou com a sede no centro da cidade. Hoje o primeiro está temporariamente na estação ferroviária de Antonina, onde a vice-presidente Alexsandra Torres pode ser encontrada costurando figurinos para o carnaval e eventos que acontecem durante o ano. O assunto virou tema na semana do Festival de Inverno de Antonina, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que termina hoje.
O boi-bumbá teve origem na invasão das terras de um fazendeiro por um boi. Conta a lenda que, em um ataque de raiva o homem resolveu matá-lo, sem saber que o boi não era apenas um animal de criação, mas de estimação. O dono, muito triste com a morte do bicho, fez de tudo para ressuscitá-lo, até chamou um médico acompanhado de uma enfermeira. Como remédio para reanimar o animal, eles lançaram mão de recursos variados, como uma mandinga e as estripulias de um palhaço. Para a infelicidade do dono, porém, nada disso surtiu efeito, até que ele se lembrou de uma coisa que costumava agradar muito o boi: música e cantoria, famosas por curar todos os males. Foi assim que o boi se recuperou e voltou a trazer alegria.
O boi pesa cerca de 50 quilos, é construído em madeira, e a cabeça é feita de osso bovino revestido de pelúcia.
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