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Ameaçado de ser arrastado pela crise que se abateu sobre o irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) também teve estrondosa evolução patrimonial nos últimos anos. Em três eleições, ficou milionário. Na Câmara por cinco mandatos, Olavo declarou à Justiça Eleitoral, em 1998, um patrimônio de R$ 95,5 mil (corrigidos pela inflação). Já era fazendeiro, mas fechou o ano com dívidas no Banco de Brasil e com terceiros. Quatro ano depois, disse ter quase R$ 2,8 milhões. Comprou duas fazendas, um flat em Brasília, um apartamento e salas comerciais em Maceió. Às vésperas da eleição de 2006, seu patrimônio subiu para R$ 4 milhões, incluindo parte da Conny Refrigerantes, adquirida por R$ 27 milhões pela Schincariol.

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Minha gente – Renan Calheiros (PMDB) foi encorajado ontem pelo filho Renanzinho, prefeito de Murici, a reagir aos ataques. Hoje, 50 prefeitos alagoanos devem participar de ato de desagravo ao presidente do Senado, em Brasília, organizado pelo governador Teo Vilela (PSDB).

Risco Gabeira – Renan voltou a consultar aliados sobre a possibilidade de presidir sessão do Congresso para votar a LDO antes do recesso. Disse estar propenso a abrir mão para não enfrentar constrangimentos, mas foi aconselhado a decidir na última hora.

Barrados – Os relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) vetaram a presença do advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, e do consultor-geral da Casa, Bruno Dantas, em reunião ontem. Foram eles os autores de pareceres recomendando anular o processo.

Deixa rolar – José Roberto Arruda (DEM-DF) vai assistir calado ao tiroteio entre Joaquim Roriz (PMDB) e seu ex-suplente Gim Argello (PTB). Aliados do governador acham que a crise de liderança do grupo rorizista é uma janela para Arruda atrair os órfãos.

Alarme falso – Em tempos de crise, um grupo agentes da Polícia Federal Portuária, cujo uniforme é quase idêntico ao da PF, causou nervosismo no Senado. Assessores e seguranças pensaram tratar-se de nova operação, mas era apenas reivindicação salarial.

Mais grana – Exigência do Ibama para a conceder licença às obras no rio Madeira, o aumento de 100 para 500 metros da área de proteção permanente nos arredores das hidrelétricas fará crescer de 2.000 para 10 mil hectares a área a ser desapropriada.

Custo social – Para aumentar a área de preservação ambiental, duas cidades de Rondônia – Mutum-Paraná e Jaci-Paraná – terão de ser praticamente evacuadas, e cerca de 1.500 famílias, remanejadas.

Espere por mim – Ao ver jornalistas que o esperavam na porta do ministério ontem, Guido Mantega (Fazenda) correu para o carro e pediu pressa ao motorista. Deixou a pé o secretário do Tesouro, Arno Augustin, que ainda tentou alcançar o veículo.

Ah, bom – Durante congresso da UNE em Brasília, dirigentes da entidade receberam ligações da Secretaria Geral da Presidência, preocupada com as críticas ao governo. Os líderes estudantis disseram que, apesar do tom, não se tratava de "rompimento".

Chá de cadeira – Adotado o critério de ordem cronológica defendido pelo governador José Serra (PSDB), a Assembléia paulista terá de instalar 14 CPIs sobre temas que vão do excesso de cursos de Medicina à deterioração das ferrovias antes de iniciar a apuração sobre a máfia da CDHU.

In loco – O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson Jr., aproveitou visita ao tucano Aécio Neves ontem para convidá-lo a participar da reunião do Banco Mundial que decidirá sobre empréstimo de US$ 2 bilhões a Minas, em setembro.

TIROTEIO

* Do líder do DEM na Câmara, ONYX LORENZONI (RS), sobre o fato de Lula ter descartado publicamente a recondução de Silas Rondeau ao Ministério de Minas e Energia após ter cogitado a hipótese nos bastidores:

– Assim como ocorreu com Nelson Jobim e Aldo Rebelo, Lula mostra não ser bom companheiro: oferece o céu, mas acaba entregando o inferno.

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