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A literatura médica aponta que mais de 60% dos casos de agressão sexual acontecem dentro de casa. Fatos recentes noticiados pela mídia – assim como a discussão cada vez mais presente sobre a pedofilia, incluindo as novelas – aumentaram a atenção sobre o assunto. No Hospital Pequeno Príncipe, desde 2002 nota-se uma procura maior de pais desconfiados de abuso mas as acusações nem sempre são confirmadas.

O alarme em torno da agressão sexual é paradoxal e exige cuidado. De um lado, pode-se estar à mercê de uma nova histeria social, castradora do afeto e da proximidade entre as pessoas. De outro, a situação ensina que é preciso prestar mais atenção a situações a que ficam sujeitas crianças numa casa. Abusos que não chegam a extremos costumam ocorrer todas as vezes que adultos se excedem no carinho e estejam procurando prazer sexual. Cabe aos pais estarem atentos a esses excessos e fazer valer o direito da criança de não ser abraçada e beijada para além de seu bem-estar.

As que acabam chegando aos hospitais apresentam quadro bastante característico. Em geral, estão apáticas, não querem c ontato físico e rejeitam a presença de estranhos. É uma reação justificável: se alguém próximo é capaz de machucá-la, que dirá alguém que nunca viu antes.

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