Aliados de Geraldo Alckmin gaguejam quando questionados sobre o possível efeito, para alguém que pretende vencer Lula empunhando a bandeira da ética, de aparecer em fotos ao lado dos Garotinhos no mesmo dia em que surge nova denúncia de compra de votos ligada ao grupo comandado pelo casal.

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No Rio, Alckmin extraiu mais de 40% de seus votos do interior, onde Garotinho é forte. Foi pior na capital, onde há alta rejeição ao ex-governador.

Há até quem enxergue no movimento de Garotinho em direção a Alckmin uma tentativa de ajudar Sérgio Cabral, que acaba de pular no palanque de Lula. Os rumos diferentes levariam o eleitor que rejeita Garotinho a dissociá-lo do candidato peemedebista.

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X-rated – Não dá para publicar o que Lula tem falado de Aloízio Mercadante.

Fase sorriso – Um fotógrafo de agência internacional que há quatro anos esperava chance de estar com Lula, sem jamais ter obtido resposta, recebeu segunda-feira sinal verde do Planalto para acompanhar um dia do presidente. Revisão – Lula avalia que errou ao se aliar a Newton Cardoso (PMDB) em Minas. Em reunião do conselho político, disse que o movimento deixou Aécio Neves (PSDB) sem espaço para ficar "neutro". Time novo – Alckmin telefonou a Joaquim Roriz, eleito senador, para lhe entregar o bastão de coordenador de sua campanha no DF. Pode gerar ciumeira com o novo governador, José Roberto Arruda, raro pefelista que, no tempo das vacas magras, levou o tucano para seu palanque. Zona de guerra – Em busca de uma ponte com o PSB, que é Lula, Alckmin enviou emissários a Roberto Amaral, presidente interino da sigla, e a Ciro Gomes, oficialmente escalado para espancar os tucanos no segundo turno. Dois irmãos – No "Jornal de Debates" (www.jornaldedebates.com.br), o sociólogo Francisco de Oliveira compara FHC e Lula a Caim e Abel, "sem que se saiba quem é o primeiro e quem é o segundo". Até ontem, a publicação havia recebido 70 artigos sobre o tema: "Quem deve ser o próximo presidente?".

Ninho – Em reunião com Lula, José Sarney (PMDB-AP) relatou que Roseana vem sofrendo pressões do PFL por ter apoiado o presidente no primeiro turno. O senador pediu ajuda para que o PT não se junte à frente de oposição à sua filha no estado. Água e óleo – Começou mal o namoro entre PT e Esperidião Amin em Santa Catarina. Os petistas não assimilaram o fato de ter de apoiar o candidato do PP, um adversário histórico que chegou a declarar voto em Alckmin no primeiro turno. A conversa entre Amin e José Fritsch, ontem, terminou sem avanços. O escolhido – Cortejado tanto pela campanha de Eduardo Campos (PSB) como pela de Mendonça Filho (PFL), Armando Monteiro Neto (PTB), presidente da CNI e campeão de votos para deputado em Pernambuco, ficará com a primeira opção. Inércia – Em reunião hoje, a Força Sindical deve liberar seus afiliados para decidir o rumo a tomar no segundo turno da disputa presidencial. No primeiro, entre 30% e 40% dos sindicatos foram de Lula; o restante, de Alckmin. Fatura – O setor pró-tucano do PMDB-SP planeja bater chapa com Orestes Quércia na escolha da nova direção estadual, em novembro. O grupo atribui ao ex-governador, maltratado pelas urnas, o fraco desempenho da sigla. Na cadeira – Com a viagem de Cláudio Lembo (PFL), domingo, para o Uruguai, o presidente da Assembléia paulista, Rodrigo Garcia (PFL), 32, assumirá pela primeira vez o comando do estado. Lembo retorna na terça-feira.

TIROTEIO

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* Do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), sobre o apoio do casal Garotinho, anunciado ontem, ao candidato tucano à Presidência.

– No segundo turno você tem de escolher o cavalo em que vai montar, ou o eleitor não entende nada. Alckmin passará a imagem de que aceita tirar foto com corrupto.