Ter uma escova de dente na casa da mãe e outra na do pai não soa muito bem nos ouvidos dos psicólogos. "As crianças acabam ficando sem rotina e sem referencial de lugar. Elas precisam ter um espaço só delas para poder desenhar quando sentem vontade e até mesmo chorar", explica a psicóloga Berenice Morovowski. Ficar de um lado para o outro, segundo a profissional, requer uma relação madura entre os pais. "Não acredito que o casal em litígio seja capaz de manter adequado o funcionamento da guarda compartilhada", opina. Para ela, há uma mistura muito grande entre o sistema parental e conjugal. "Já tivemos casos de pais brigando para ter, em dias alternados, a guarda de uma criança de dez meses", relata.
Quando existe o desejo consensual de dividir os dias dos filhos com o pai e a mãe, o ideal é que isso seja feito com bom senso. "A guarda deve ser dada para aquele com quem o filho estiver melhor em determinado momento", diz Berenice. Para a psicanalista Mônica Bigarella, um aspecto importante do projeto de lei é que ele valoriza o fato de que a educação deve ser tarefa de ambos. "O importante é que tudo seja conversado. Pais devem decidir como as coisas serão estabelecidas e, assim, devem ser cumpridas", afirma.
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