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As novas imagens da invasão do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, caíram como uma bomba em Brasília. A revelação de que o general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e homem forte de Lula, circulou tranquilamente entre os vândalos, obrigou o Congresso a finalmente abrir uma CPMI sobre o caso.

De um lado, a oposição ao governo quer demonstrar que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foram, no mínimo, omissos para proteger a sede da Presidência. A base governista, por sua vez, já se articula para dominar a comissão e, com isso, reforçar o discurso de que o governo foi vítima de uma tentativa de golpe e barrar qualquer tentativa de revelar novos detalhes que comprometam Lula e alguns de seus ministros mais importantes, como Flávio Dino, da Justiça, e José Múcio, da Defesa.

As negociações para a composição da CPMI estão intensas na Câmara e no Senado. Lideranças governistas querem abocanhar a presidência e a relatoria da comissão, mas a oposição reivindica os postos porque partiu dela o pedido para a instalação. Ao que tudo indica, porém, o Centrão, que reúne os partidos mais poderosos, que se comportam conforme seus próprios interesses, terá o maior peso na formação do colegiado. O presidente da Câmara, Arthur Lira, será peça-chave na escolha de cada deputado desse grupo.

Nesse cenário, o que esperar dessa investigação parlamentar? Há risco de se repetir o que ocorreu na CPI da Covid, que se transformou numa arma para perseguir a direita? Como a direita deve se preparar para apurar a fundo o que aconteceu e evitar ser tratorada pela base governista? Novas descobertas podem realmente alimentar ou até mudar o rumo do inquérito tocado por Alexandre de Moraes no STF? Quem deve ser chamado para depor? Esse é o tema do Segunda Opinião desta segunda (24), com Renan Ramalho, Paula Marisa, Flávio Gordon e Fabiana Barroso.

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