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Curitiba – Salário igual no Brasil, nem com o diploma em Administração de Empresas e a pós-graduação embaixo do braço. É por isso que o curitibano Sandro Marba, de 35 anos, abandonou esses documentos e arriscou a vida na Europa. Entrou com o limitado visto de turista na Inglaterra, encontrou emprego de garçom em um restaurante português na cidade de Portsmouth, no sul do país, e por lá ficou. Depois de dois anos, já gerente do estabelecimento, Marba foi encontrado pela polícia de imigração e ‘removido’ para o Brasil em janeiro deste ano. "Passar dois anos fora foi uma escolha difícil, senti saudades da minha família, mas se tornou uma experiência produtiva. O trabalho é pesado, mas não tem quem não ganhe bem. E, além de melhorar o inglês, você aprende muito com a cultura local", afirma.

A saída ocorreu "sem traumas", afirmou Marba. "Na Inglaterra, pelo menos, quando você não é deportado, mas é mandado embora por causa do visto expirado, é desagradável, mas os policiais são extremamente educados. O caso Jean Charles (brasileiro morto em Londres no ano passado pela polícia por ser confundido com um terrorista), ao contrário do que possa parecer, não foi ignorado pela população. No meu caso, até me convidaram a voltar. Lá eles têm uma taxa de desemprego de 4%. Não somos ameaça para os ingleses porque fazemos aquilo que eles não se sujeitam a fazer pelo mesmo salário que nós", avalia. (DD)

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