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Transporte e energia. Se fosse necessário reduzir ao mínimo, seriam esses os dois pedidos que a sociedade civil paranaense faria para o governo federal e para o governo do estado. É o que mostra levantamento realizado nesta semana pela reportagem da Gazeta do Povo junto a cinco entidades representativas do estado. A pergunta feita aos representantes das instituições era: o que o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e a Política de Desenvolvimento do Estado (PDE) podem fazer de mais importante pelo estado?

Embora tenham apresentado ligeiras variações, as respostas dadas pelas instituições centraram a preocupação na infra-estrutura. E especialmente nas áreas de transporte (leia mais nesta edição em Brasil, p. 1) e geração de energia elétrica. A boa notícia é que a maior parte dos anseios expressados pelos representantes das instituições já está incluída nos planos do Palácio do Planalto e do Palácio Iguaçu.

Responderam ao levantamento o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Rocha Loures; a presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Avani Slomp; o assessor da presidência da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carlos Augusto Albuquerque; o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Ardisson Naim Akel; e o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior.

Exportação

O escoamento da safra – especialmente para a exportação via Porto de Paranaguá – parece ser o principal motivo para preocupação com o transporte, em todos os modais. O primeiro a entrar na lista, aliás, é o próprio porto. "Além da dragagem, que é urgente, é preciso outras melhorias", afirma Carlos Albuquerque, da Faep.

As melhorias do porto também fazem parte de um documento entregue pela Fiep – e assinado pelos deputados federais e senadores paranaenses ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho. "São imprescindíveis investimentos na construção do Cais Oeste", afirma o documento. O governo do estado prevê obras tanto de dragagem, cujo edital de licitação já foi publicado, quanto de construção do novo cais.

Para facilitar as exportações paranaenses, as entidades também gostariam de ver a Ferroeste – principal ligação férrea do interior do estado – estendida até cidades que hoje não são servidas por ferrovias. "Esse é um gargalo considerável da infra-estrutura do Paraná", afirma Ardisson Naim Akel, presidente da Faciap. Para ele, seria importante que as regiões de Toledo, Guaíra e Foz do Iguaçu pudessem usar a ferrovia para escoar a sua safra. Desejo esse, aliás, repetido por quase todas as instituições.

Para a Ferroeste, porém, o governo do estado tem planos com prazo mais longo. "Primeiro precisamos retirar todos os entraves jurídicos do caminho e garantir que a ferrovia é mesmo do Paraná", afirma o secretário de estado do Planejamento, Ênio Verri. O governo retomou a Ferroeste da Ferropar, empresa que administrava a linha no trecho Guarapuava-Cascavel e o caso ainda está nos tribunais.

Na questão energética, os dois pontos básicos parecem claros para todas as instituições. É preciso investir na Usina de Mauá e nas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH)", afirma o reitor da UFPR, Carlos Moreira, repetindo o que é dito por todas as entidades. Nesse caso, há pouca polêmica em relação a Mauá, que já tem R$ 950 milhões previstos para a sua construção. As centrais de pequeno porte, porém, ainda dependem de licenciamento ambiental e estão temporariamente embargadas. O governo não tem prazo até o momento para resolver o assunto.

Somados, o programa de investimentos federais, o PAC, e a Política de Desenvolvimento do Estado, anunciada pelo governo estadual no mês passado, representam R$ 28 bilhões de investimentos para o Paraná até 2010. Nem todo o dinheiro é público – há previsão de entrada de dinheiro privado, em forma de parceria com o governo. E nem tudo vai para obras. Mesmo assim, os recursos são considerados suficientes para fazer as obras essenciais no estado. "O Paraná é um estado baratinho de arrumar", afirma o assessor da presidência da Faep, Carlos Augusto Albuquerque.

Embora sejam destinados a projetos que, na maioria, ainda estão no papel, os governos garantem que em breve a população poderá ver os primeiros resultados dos pacotes de investimentos.

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