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Foi iniciada a coleta de assinaturas para o pedido de anistia de Roberto Jefferson, cassado em setembro de 2005. O processo começou por São Paulo pelas mãos do deputado estadual Campos Machado, secretário-geral do PTB e integrante da ala do partido não afinada com o governo Lula. O próprio Jefferson vai se engajar no esforço no Rio de Janeiro, sua base eleitoral. Ele acha que também os estados do Sul poderão contribuir para a obtenção do 1,2 milhão de assinaturas, número necessário para que o pedido possa ser apresentado como proposta de iniciativa popular.

Assim como o ex-ministro José Dirceu, o homem que denunciou o mensalão vê mais chances de recuperar seus direitos políticos na Câmara do que na ação em curso no Supremo Tribunal Federal.

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Batismo – O projeto de estréia do deputado eleito Cândido Vaccarezza (PT-SP) na Câmara será o da anistia de José Dirceu, que não pensa em outra coisa. Os petistas já estão em campo coletando as assinaturas necessárias. Bonde andando – Um petista graúdo com trânsito no Planalto considera injusto que o caos aéreo tenha trincado a imagem de boa gerente de Dilma Rousseff. Durante semanas, a ministra da Casa Civil ficou fora do assunto por ordem de Lula, que não achava boa idéia vê-la metida com os militares. Dilma só entrou na história quando o caldo já havia mais que entornado. De véspera – O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse a mais de uma pessoa que, se for transferido para a Justiça, carregará para essa pasta a articulação política do governo. Talvez por isso suas chances de suceder Márcio Thomaz Bastos tenham minguado nos últimos dias. Persuasão – Na Câmara, a idéia de ver um petista instalado no Ministério da Justiça provoca o seguinte raciocínio, seguido de um calafrio: liberar emendas não é nada perto do poder de colocar a PF nos calcanhares dos deputados. Pirâmide – Segundo o presidente de um partido aliado, Lula criou três classes de ministros:"Os que são e continuarão a ser, os que não são e querem ser e os que são e temem não ser mais. É receita certa para a paralisia". Janela – Uma parcela do PTB governista não acharia de todo ruim se Walfrido Mares Guia cumprisse a ameaça de deixar a sigla. Como o ministro do Turismo é mais de Lula que do partido, o arranjo permitiria emplacar um outro petebista na Esplanada.

Headhunter 1 – Há cerca de um mês, o economista João Sayad fez contato com a direção do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do qual já foi vice-presidente, para sugerir à instituição que contratasse como consultor, pelo período de um ano, o tucano Geraldo Alckmin. Headhunter 2 – Ato contínuo, o BID sondou a receptividade do Planalto à idéia de o banco dar emprego ao adversário derrotado por Lula. Polidamente, o governo deu a entender que preferia não se envolver no assunto. A consultoria não rolou, e Alckmin irá estudar em Harvard, enquanto Sayad será secretário da Cultura de José Serra.

Dois em um – A duradoura influência de Serra sobre a administração paulistana rendeu ao tucano o apelido de "Prego", que vem a ser o híbrido de prefeito e governador. Colchão – Chega na terça-feira à Assembléia gaúcha o pacote do "déficit zero" de Yeda Crusius (PSDB), que prevê aumento de impostos. Câmera, ação! – O brasileiro Henrique Delgado, estudante de economia na universidade de Pequim, foi escalado para uma pequena participação na versão cinematográfica do best-seller "O Caçador de Pipas", a ser filmada no deserto de Gobi. O filho do deputado não-reeleito Paulo Delgado (PT-MG) fará o papel de um militante do Taleban.

TIROTEIO

* Do cientista político Marco Antonio Teixeira sobre as absolvições em série de parlamentares mensaleiros e sanguessugas.

– A atual Legislatura deu legitimidade ao pensamento de Rousseau: uma vez eleitos, os políticos viram as costas para o povo e se dedicam apenas à defesa de seus interesses.

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