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Perfil de ministro é falso

No Twitter, assim como por toda a internet, vale a pena ficar alerta: nem todos são quem alegam ser. É o caso de um microblog falsamente atribuído ao ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF) – twitter.com/joaquimbarbosa. A conta "fake" (falsa) tem 175 seguidores e apenas quatro mensagens – a última, de julho deste ano. Nenhuma das mensagens contém absurdos, e uma delas até registra uma frase realmente dita pelo ministro: "Enganaram-se os que pensavam que o STF iria ter um negro submisso, subserviente". Segundo a assessoria do STF, o tribunal e seus ministros não têm microblogs no Twitter.

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Muito popular em outros meios, o passarinho do Twitter também começa a voar por céus jurídicos: alguns operadores do Direito já mantêm interessantes microblogs na rede. E isso apesar da resistência da classe. "O pessoal do Direito é um dos mais avessos à tecnologia", admite o juiz Jorge Araújo, da Vara do Trabalho de São Jerônimo, no Rio Grande do Sul. Há cerca de duas semanas, ele criou um microblog no Twitter para divulgar informações sobre o trabalho da vara trabalhista – twitter.com/VTSJer. Em sua primeira mensagem, do dia 10 deste mês, ele mesmo se mostra cético em relação ao sucesso do microblog:"quem gostaria de seguir uma vara do trabalho?", pergunta. Contudo, o serviço já tem hoje 23 seguidores, que podem, por meio dele, saber sobre horários e adiamentos de audiências, por exemplo.

Essa alternativa prática e gratuita de informar advogados e demais interessados sobre as atividades do Judiciário ainda é "subutilizada", como o próprio juiz trabalhista reconhece no microblog, e não tem o devido suporte. "Os computadores da vara não permitem o acesso ao Twitter. Por isso eu não o atualizo tanto quanto gostaria", revela Araújo – ele mesmo tem um microblog pessoal (twitter.com/JorgeAraujo), com mais de 600 seguidores. Mas ele acredita que isso deve mudar. "A tendência é essa. A utilização das redes sociais (pelo Judiciário) vai se impor, até como forma do acesso à Justiça", afirma. Há outras iniciativas similares. A Segunda Vara Criminal de Limeira, em São Paulo, também tem conta no Twitter, mantida pelo juiz Luiz Augusto Barrichello Neto, com 166 seguidores – twitter.com/Limeira2cr.

Advogados

Segundo um levantamento recente do portal Consultor Jurídico, já há mais de 700 advogados utilizando o Twitter para compartilhar notícias jurídicas. Entre eles está Maximiliano Nagl Garcez, de Curitiba. O microblog do escritório dele (twitter.com/AdvocaciaGarcez) funciona há cerca de um mês e tem 89 seguidores. "Ele serve para o intercâmbio de informações jurídicas", diz. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também tem seu microblog, com mais de 2,7 mil seguidores, que divulga as notícias da entidade. No site www.forensepedia.org/wiki/Twitter é possível encontrar uma lista com cerca de 50 advogados e escritórios de advocacia brasileiros que já estão no Twitter.

Segundo o advogado Ale­­xan­­dre Atheniense, presidente da Comissão de Tecnologia da Informação do Conselho Federal da OAB, o Twitter é uma ferramenta muito útil por causa de seu imediatismo e capilaridade. Para ele, os advogados podem explorar muito mais o potencial dos microblogs. "O resultado do julgamento de uma sessão de um tribunal pode ser informado em tempo real. O advogado pode mandar uma mensagem direta, via Twitter, ao cliente, pelo celular", exemplifica. Atheniense mantém dois endereços no site, ambos com mais de 350 seguidores: twitter.com/atheniense e twitter.com/dnt_atheniense.

O que é?

O Twitter é uma rede de pequenos murais virtuais (microblogs) na internet. Por meio dessa rede, é possível publicar pequenos textos (os chamados tweets) limitados a 140 caracteres. Além de enviarem seus comentários – pelo computador ou celular –, os usuários podem acompanhar os microblogs de outras pessoas, tornando-se seguidores (followers) delas. O símbolo do site é um pássaro porque twitter, em inglês, significa gor­­­jear. Para participar da rede deve-se criar conta no site www.twitter.com – apenas em inglês.

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