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Brasília – O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, disse que a entidade vai entregar na segunda-feira pela manhã o pedido de notícia-crime ao Ministério Público contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que o órgão aprofunde as investigações sobre o suposto envolvimento do presidente no escândalo do mensalão. O pedido já está pronto, mas ainda deve ser analisado por Busato, que retorna do Paraná.

Caberá ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, decidir se aceita o pedido da OAB e abrir uma denúncia contra o presidente.

A Ordem decidiu tomar essa medida no último dia 8, após rejeitar um parecer que recomendava à entidade pedir o impeachment do presidente Lula.

Entre os que se pronunciaram contra o pedido de impeachment, a avaliação é que não há um clamor na sociedade pelo afastamento do presidente Lula, tampouco clima político.

Busato afirmou que a qualquer momento, desde que surja um fato novo, a entidade poderá voltar a considerar a hipótese de entrar com pedido de impeachment. "Se houver realmente uma situação absolutamente incontornável. Que o Ministério Público, por exemplo, levante a participação efetiva do presidente e da República", afirmou.

Busato se referia às denúncias feitas pelo ex-secretário geral do PT, Sílvio Pereira. Ele disse que os recursos que foram "injetados" no PT têm origem em um pool de empresas, empenhadas em ganhar contratos com o governo e interessadas em garantir o destino de emendas de parlamentares.

Marcos Valério, segundo as informações de Pereira, serviria como um dos emissários da arrecadação ilegal junto a empresas de variados setores. O plano de Valério ainda incluía a arrecadação de R$ 1 bilhão.

Vínculo

A entidade vai encaminhar ao procurador-geral todos os elementos considerados no parecer sobre o impeachment de Lula. O conselheiro Sérgio Ferraz, que foi o relator do parecer, sustentou que não havia como desvincular o presidente Lula das denúncias do Ministério Público Federal de que uma "organização criminosa" agia dentro do governo.

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