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A seção do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) encaminhou, nesta quinta-feira (15), um pedido de investigação às acusações violência no curso da corporação em 2012. A denúncia foi feita pelo ex-soldado da Polícia Militar (PM) Wellington da Silva Ventura, assassinado na última sexta (9). O pedido foi feito à Corregedoria da PM e à Delegacia de Homicídios (DH). Além da OAB-PR, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também recebeu denúncia formal do ex-policial, e abriu procedimento para investigar o caso.

A Polícia Militar informou que também tem uma investigação em andamento para apurar as causas da morte do rapaz. Entenda o caso

O policial militar Wellington da Silva Ventura, de 33 anos, foi assassinado na última sexta-feira (9), no bairro Contenda, em São José dos Pinhais. Na última segunda-feira (12), o inquérito foi aberto pela delegacia do município, e Vágner foi capturado no dia seguinte, no próprio bairro de Contenda, após denúncias anônimas recebidas pela PM.

Wellington havia afirmado ter sido torturado durante um curso para soldado da PM em 2012. A denúncia foi feita ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 29 de julho. No dia 7 de agosto, a promotoria do Gaeco encaminhou um ofício à Corregedoria da PM pedindo explicações quanto às acusações de Ventura. Dois dias depois, o policial foi assassinado.

No dia 31 de julho, depois de formalizar denúncia junto ao Gaeco, Ventura falou sobre o caso no programa Na Tela 190, da rede de televisão CNT. Na entrevista, Ventura afirmou ter levado o caso à Corregedoria da PM por três vezes, sem ter sido atendido, e ao Gaeco."No curso de soldado de 2012, do ano passado, eu sofri vários tipos de tortura: física, psicológica, por parte dos coordenadores", contou Ventura, na entrevista. O policial afirmou, na ocasião, estar afastado das funções por conta de problemas psicológicos.

Após as denúncias, o Gaeco instaurou uma notícia de fato, fase preliminar a um inquérito que perdura enquanto são levantadas as primeiras informações. O caso está a cargo do promotor André Glitz, do Ministério Público (MP). Na última terça-feira (13), a PM prendeu um homem que teria assassinado o policial. O suspeito apresentado é Vágner Florêncio Esteven, de 24 anos, que foi detido no bairro Contenda, em São José dos Pinhais, onde o crime aconteceu. Segundo a PM, a prisão aconteceu a partir de uma denúncia anônima. Esteven foi detido, no entanto, somente porque já era um foragido da justiça. O rapaz teria cometido um assassinato em abril de 2012 no município de Roncador, na região Centro-Oeste do Paraná. Além deste crime, o acusado estaria sendo procurado por porte ilegal de arma, falsidade ideológica, resistência à prisão e roubo, segundo a PM. Ele foi encaminhado à Delegacia de São José dos Pinhais, que passou a investigar o caso.

Já no dia seguinte, a última quarta-feira (14), o titular da Delegacia de São José dos Pinhais, Gil Rocha Tesseroli, afirmou ter provas testemunhais contra Esteven. Embora haja, segundo a polícia, testemunhas que afirmam ter presenciado o crime, ainda não existem provas materiais que indiquem a autoria. O suspeito, segundo Tesseroli, segue negando o crime.

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