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Após 25 anos no exílio, ontem chegou ao fim uma injustiça histórica com o monumento Heróis da Travessia do Atlântico, escultura de bronze com um homem alado sobre um pedestal de granito, do escultor e ceramista Ottone Zorlini.

Desmontada em cerca de 40 pedaços na quarta-feira da semana passada, a obra tinha viagem marcada para ontem com destino à beira da represa Guara­piranga, em São Paulo, onde será restaurada.

Em meados dos anos 1980 o prefeito Jânio Quadros decretou que a escultura, inaugurada em 1929 ao lado da represa, estava escondida nos confins da zona sul da cidade e determinou sua transferência para um canteiro no bairro Jardins, na esquina da Avenida Brasil com a Rua Colômbia.

Uma injustiça com a obra e com a represa, já que o monumento havia sido projetado para comemorar o feito de aviadores que haviam aterrissado com seus hidroaviões ali mesmo, após viajar por todo o oceano a partir da Itália. O general Francesco de Pinedo teria feito a travessia instruído pelo ditador Benito Mussolini para propagar os feitos de sua nação. À homenagem, Mussolini adicionou uma coluna em granito rosa retirada de uma antiga construção em Roma. O monumento foi alvo de pichações e tachado de fascista. Desde os anos 1990, moradores da região da represa pedem pela volta do monumento.

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