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Atraso no término das obras estaduais da Marechal Floriano impedem projetos de ampliação da oferta de transporte | Antônio More/ Gazeta do Povo
Atraso no término das obras estaduais da Marechal Floriano impedem projetos de ampliação da oferta de transporte| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Mais de seis meses após a Copa do Mundo, as obras estaduais do Corredor da Avenida Marechal Floriano Peixoto não foram concluídas. É exatamente esse projeto, orçado em R$ 23 milhões, que dará condições técnicas para que biarticulados como o Ligeirão cheguem até São José dos Pinhais. Hoje, quem vai de Curitiba para a cidade vizinha precisa fazer integração e enfrentar nova fila de embarque no bairro Boqueirão.

Essa é a principal obra de mobilidade urbana para o transporte público entre as duas cidades. A outra intervenção ligando esses municípios – o corredor da Avenida das Torres – não contemplou a esperada canaleta para ônibus devido ao alto custo para remoção das torres de alta tensão do canteiro central.

O maior trecho do corredor Marechal Floriano Peixoto ficou sob responsabilidade da prefeitura de Curitiba. Ao custo de R$ 44,3 milhões, ele foi oficialmente entregue às vésperas do mundial. A solenidade ocorreu sobre o viaduto da linha férrea, trecho no qual as faixas de rolamento triplicaram para dar espaço às canaletas de ônibus.

Mas é justamente a partir do viaduto da linha férrea que os ônibus passam a disputar espaço com os carros. A extensão da canaleta para o transporte coletivo até o Terminal Central de São José dos Pinhais depende da conclusão do trecho estadual.

Sem calçadas e com o espaço que deveria ser da canaleta hoje ocupado por carros, a obra parece não ter fim. As trincheiras sob as ruas Claudino dos Santos e Joaquim Nabuco, na região da Avenida das Américas, também não estão concluídas. Em agosto do ano passado, uma cratera se abriu no local em razão das chuvas. Quatro casas ficaram danificadas. Segundo o governo estadual, a intervenção será concluída em junho e atrasou porque mudanças no projeto foram feitas devido a demandas surgidas durante a execução.

Sem a obra e sem o Ligeirão, passageiros se espremem nos ônibus que ligam o Terminal Central ao do Boqueirão. A principal alternativa de integração é a linha do Ligeirinho Boqueirão-São José dos Pinhais, que sai do terminal homônimo. Mas ela não oferece o conforto esperado e agora demora ainda mais devido às mudanças recentes de itinerário. O trajeto que antes era direto entre os dois municípios, agora é realizado por três linhas.

"Seria uma bênção se tivéssemos um Ligeirão para vir de São José dos Pinhais. O Ligeirinho está sempre cheio", diz Lenir Mariane, que mora no Campo de Santana, em Curitiba, e trabalha em São José dos Pinhais.

Apesar do fim da tarifa única, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) garante que o projeto do Ligeirão continua de pé. "Mesmo com as mudanças na integração, o projeto do Ligeirão até São José está mantido. Até porque foi feito um grande investimento na obra do Corredor. Mas claro que ainda discutiremos com a Urbs como será o gerenciamento dessa futura linha", diz o presidente do órgão, Omar Akel.

outros atrasos

Além da Marechal, o governo do estado não concluiu outras três ações da Copa: o trecho do Corredor Aeroporto-Rodoferroviária (R$ 65,2 milhões), as Vias de Integração Metropolitanas (R$ 56,7 mi) e o Sistema Integrado de Monitoramento (R$ 20,4 mi). Todas, segundo a Comec, ficarão prontas entre maio e setembro deste ano.

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